O vereador de Cuiabá, Toninho de Souza (PSD), acusou o prefeito Mauro Mendes (PSB) agir com incoerência ao tentar barrar o aumento de salário e da verba indenizatória dos vereadores. O parlamentar denunciou que Mauro, apesar de pregar zelo com dinheiro público ao vetar o próprio reajuste numa tentativa de barrar o aumento dos vereadores, compromete a receita pública ao manter o uso de cartão corporativo para os prefeitos e secretários municipais.
Segundo Toninho, uma Lei criada em 2003, ainda na gestão Roberto França, criava o cartão com limite de gastos de até R$ 8 mil para despesas com alimentação, hospedagem e coisas pessoais. Em 2011, já na gestão Chico Galindo (PTB), uma alteração da Lei aumentava para R$ 16 mil o limite para o representante da capital no escritório de Brasília, a época sob o ex-deputado Ricarte de Freitas (PTB).
Além disso, segundo o vereador, a Lei prevê que o prefeito e os secretários devem prestar contas dos gastos com cartões corporativos a Secretaria de Finanças, o que nunca ocorreu. "Se o salário e a verba indenizatória dos vereadores é imoral, por que o prefeito milionário não abre mão do cartão corporativo, aquele mesmo que gerou escândalo no Governo Lula", detonou o vereador.
Toninho desafiou o prefeito a revogar a Lei dos Cartões Corporativos. "Não tem porque haver dois pesos e duas medidas", assinalou.
Entenda
Em 2005, o uso dos cartões corporativos por parte dos ministros do Governo Federal virou escândalo nacional. Segundo dados do portal Transparência Brasil, onde eram divulgados os gastos com cartões, o ex-ministro dos Esportes, Orlando Silva, pagou a compra de uma tapioca com dinheiro público.
Recentemente, o prefeito vetou o projeto aprovado no final do ano passado que aumentava seu salário. O veto a matéria implicaria também na manutenção do salários dos vereadores, que é vinculado ao do chefe do executivo.
Todavia, o veto foi derrubado e gerou um desgaste a Câmara de Cuiabá. Alguns vereadores afirmaram que a intenção do prefeito ao vetar o aumento do próprio salário era gerar constrangimento ao legislativo.
Outro lado
O líder do prefeito na Câmara, vereador Leonardo de Oliveira, negou que o prefeito e os secretários façam uso deste benefício, apesar dele ser constado em Lei. "Nunca foi gasto nenhum centavo deste cartão corporativo. Não foi Mendes que criou este benefício e, mesmo assim, nunca foi utilizado por ele", afirmou o parlamentar.
Leonardo garante que levará a demanda até o prefito para que uma resposta seja dada pelo Poder Executivo à sociedade. Tenho certeza que ele (Mauro Mendes) vai providenciar a revogação do cartão corporativo”, garantiu Leonardo.
O líder do executivo colocou ainda que a verba indenizatória destinada ao prefeito também não vem sendo utilizada. Segundo ele, a verba foi usada pela últimas vez em julho de 212, ainda na gestão de Chico Galindo.
Gilson Nasser-O DOCUMENTO
0 Comments:
Postar um comentário
Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com