Truculência : Reitora garante que não acionou a PM

A reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, Maria Lúcia Cavalli Neder, declarou nesta quinta-feira (07) que não acionou a Polícia Militar para conter os estudantes que protestavam contra o fechamento da Casa Estudantil, na tarde desta quarta-feira (06), na Avenida Fernando Correa da Costa. A afirmação da reitora contraria nota emitida pela Polícia Militar para justificar o ato truculento, que remeteu à época mais sombria da ditadura militar.

Em nota, a Polícia Militar explica que foi acionada pela reitoria da UFMT para destrancar a Avenida, que estava há mais de uma hora bloqueada por cerca de 100 protestantes. No entanto, a reitora afirma que a Polícia foi acionada sim, mas nas primeiras horas do dia e para preservar a segurança dos alunos durante o manifesto.

A reitora esteve reunida na tarde desta quinta-feira com o governador Silval Barbosa (PMDB) e também com o secretário de Segurança, Alexandre Bustamante, cobrando que o caso seja apurado e também que a verdade seja dita. Maria Lúcia cobra que a PM desminta a informação de que a reitoria acionou a PM.

Segundo o comandante da base de segurança do Boa Esperança, capitão Vieira, primeiro a chegar no local do manifesto, quem acionou a Polícia foram populares que estavam presos no trânsito devido ao trancamento. Conforme diz o capitão, cerca de 100 ligações foram recebidas.

A Polícia Militar afirmou em nota que como a equipe da base não conseguiu conter os manifestantes e liberar a Avenida, a Rotam foi acionada.

Foi nesse momento que tiros de borracha foram disparados e alunos foram agredidos, causando todo o tumulto ocorrido ontem. Seis pessoas foram presas, inclusive os advogados da Adufmat, que foram até o Cisc Planalto defender os estudantes detidos.

Em coletiva de imprensa realizada hoje, os estudantes e também os advogados afirmaram que processarão o estado e a reitoria da UFMT.

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