Riva volta a dar sinais de quem quer abandonar a política

Pode ser que sim, pode ser que não passe de mero "balão de ensaio" para apoiar Maggi

No ano passado, o parlamentar, acuado por inúmeros processos judiciais, chegou a desabafar que iria deixar a vida pública, porém, tempos depois se engajou com toda a força nas eleições municipais, participando diretamente do pleito e ajudando a eleger aliados  nas  câmaras e prefeituras por todo o Estado - no que sinalizou que iria continuar atuando na política por mais alguns anos.

Mas, passada essa fase de desencanto com as lides políticas, eis que agora, aos poucos o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD) dá sinais de que pode “abandonar” a política. Até início de fevereiro, Riva mostrava-se empolgado com a ideia de concorrer ao Governo do Estado, tanto que anunciava sua disposição de não disputar novamente uma cadeira na Assembleia Legislativa, onde completa cinco mandatos (1995-2015) consecutivos e alternando a presidência da Casa.
 É sintomático o comportamento de Riva em desistir de concorrer ao Governo de Mato Grosso. No início de 2013, o deputado afirmava que não iria mais concorrer ao Legislativo, e sim ao comando do Palácio Paiaguás. Riva quer eleger sua filha, Janaína Riva, também do PSD. Isso é incontestável que ele vai conseguir emplacar a moça, casada com o presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, João Emanuel.
 Há cerca de 30 dias, nas reuniões com os demais deputados, nas conversas com pessoas de seu círculo de amizade ele desabafa que não quer saber mais de eleição e afirma com veemência sua desistência em disputar o cargo de governador.
 Outro sinal de que essa situação tem consistência é o fato de o governador Silval Barbosa (PMDB) afirmar também para os amigos que vai cumprir o mandato de chefe do Executivo estadual, ou seja, não quer deixar o comando do Estado nas mãos de outros.
 Esses anúncios caem como balde de água fria na especulação da imprensa de que tudo já estava arranjado para o vice-governador Chico Daltro (PSD) ganhar cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT) e deixar o cargo no Palácio Paiaguás em vacância.
 Com a vice-governadoria vaga, Silval renunciaria como Blairo Maggi fez em 2010, e Riva assumiria o Governo do Estado, já que constitucionalmente o presidente da Assembleia Legislativa é quem assume, na ausência do vice-governador.
 Sobre o comportamento de Riva em estar desapegado à nova eleição, somem-se outros fatores. Por exemplo: o socialdemocrata sempre cobrava intensamente ações do governador Silval Barbosa, tais como  melhorar a conservação de estradas e mais investimentos no interior, onde estão as principais bases eleitorais do deputado.
 Ultimamente, Riva não ocupa mais a tribuna para cobrar o governo. Uma das últimas “aparições” em discurso foi para defender o vice-governador Chico Daltro das pesadas críticas do deputado Emanuel Pinheiro (PR), que questiona a legalidade dos superpoderes de Daltro.
 No Colégio de Líderes, Riva também tem afirmado que não é candidato ao governo, conforme apurou o Página Única.
 Entretanto, para alguns políticos de Mato Grosso e aliados de Riva, a suposta saída dele do cenário político pode ser uma estratégia para se unir ao atual senador Blairo Maggi (PR), que é possível candidato ao Governo de Mato Grosso.
 Mas também há a possibilidade de Riva sentir-se cansado da vida política, já que apesar de vitorioso em eleições, vem amargando uma série de dissabores em relação às notícias negativas de processos que o acusam de malversação de dinheiro público.
 Todavia, como na política tudo muda da noite para o dia, ainda não dá para afirmar com certeza qual a definição de José Riva sobre o seu futuro, até porque tudo isso vai depender, obviamente, do desfecho dos processos a que ele responde.

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