Grupo criticou o machismo e incentivou que as mulheres denunciem o crime de estupro
Com roupas e rostos pintados de vermelho, grupo protestou contra o machismoFoto: Roni Rigon/ Agência RBS
Segurando cartazes com mensagens antimachistas e com os rostos pintados de vermelho, cerca de 40 pessoas se mobilizaram num ato contra o estupro, na tarde deste sábado, no Centro de Caxias do Sul.
Organizado pelas redes sociais, o protesto teve como motivação um suposto estupro registrado no último domingo, quando uma mulher nua e ensanguentada foi encontrada por populares às 12h45min na Rua Coronel Flores, próxima a Estação Férrea.
A vítima, de 40 anos, disse à polícia que lembra de estar em um bar localizado na estação, à espera de amigas, na noite de sábado. Conforme a mulher, depois disso, dois homens se aproximaram e ela não se recorda de mais nada.
Os manifestantes, a maioria mulheres, gritavam palavras de ordem como 'Respeite meu limite, minha saia não é convite' e Não é folia, eu não sou mercadoria'. Eles se concentraram na Praça Dante Alighieri às 14h. Depois, caminharam pelas ruas centrais.
— As pessoas acham que a mulher que usa saia curta está pedindo para ser estuprada. É a mesma coisa dizer que a pessoa que está com um iphone na rua está pedindo para ser assaltada — comparou a universitária Jaquelini Lucas, 22 anos, uma das organizadoras do protesto.
— Estupro é o único crime em que a vítima é considerada culpada — criticou outra organizadora, a professora Silvia Lazzaretti, 24.
Durante o ato, o assistente administrativo Valter Oliveira, 36, levou para as ruas uma experiência que fez com o filho, Arthur W. Oliveira, nove. Acreditando que o machismo e a cultura da violência contra a mulher são aprendidos na infância, ele postou nas redes sociais uma foto do filho segurando o cartaz com a inscrição 'menino que é menino não bate em meninas'.
Na caminhada, ele abordava guris e os convidava a posar com o cartaz.
— É para quebrar esse ciclo de violência — explica Oliveira.
Até a semana passada, não havia sido aberto inquérito para investigar o crime de domingo. Isso porque o estupro depende de representação criminal. No registro da ocorrência, a vítima não informou se pretende levar o fato à Justiça.
Mensagens dos cartazes no protesto incentivavam que as mulheres denunciem e representem contra o crime.
PIONEIRO.COM
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