Nesse ano foi-lhe retirado o cargo de diretor do Secretariado dos Bens Culturais da Igreja, em Lisboa, no Seminário dos Olivais. O sacerdote, de 48 anos, desempenhou as altas funções na capital entre 1999 e 2007, tendo sido enviado para Paris sensivelmente na altura em que D. Jorge Ortiga e D. José Policarpo, respetivamente o antigo e o atual presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, souberam, da parte da Rede de Cuidadores – que é presidida por Álvaro de Carvalho e por Catalina Pestana –, das sete denúncias de abusos sexuais envolvendo a Igreja.
O padre Aurélio é um dos visados – e, a par de outro sacerdote, de 55 anos, hoje colocado no Algarve, mas que foi denunciado por abusos sexuais a mais de dez vítimas nos últimos vinte anos, em paróquias de Lisboa e da região Oeste, são os dois principais na investigação da PJ. Nuno Aurélio é denunciado em pelo menos dois casos de abusos a escuteiros com apenas 15 anos.
Contactado pelo CM em Paris, o padre Nuno Fraga Aurélio admitiu ontem ter conhecimento das suspeitas sobre si, sem se alongar nas respostas: "Isto já não é novo e atualmente não tenho novidades sobre isso. Infelizmente, vivemos num Mundo em que as pessoas gostam de estragar a vida umas das outras e acredito que é isso que querem fazer comigo. Só peço é que me deixem trabalhar em paz, que é o que eu tenho feito até agora."
A PJ de Lisboa continua a ouvir testemunhas e eventuais vítimas deste e de outros padres.
(Henrique Machado/ Magali Pinto in "Correio da Manhã", 25fev2013)
Curiosa a afirmação do P.e Nuno Aurélio: “"A maior parte dos crimes sexuais passa-se no seio da família, mas é muito mais fácil acusar o clero". Será que este senhor pretende esconder o sol com uma peneira? Ou estará mais preocupado com o seu negócio?
Esta afirmação faz-me lembrar outra, não menos chocante, do observador permanente junto das agências da ONU, em Genebra, monsenhor Silvano Tomasi, que em Setembro de 2009 disse, palavras textuais, que “apenas entre 1,5% e 5% do clero católico parece ter-se envolvido em casos de abuso de crianças”. Só 5%? Um em vinte? Aplicando um percentual semelhante a toda a população portuguesa, deveríamos concluir que, hoje, em Portugal contaríamos com cerca de meio milhão de pedófilos, que, felizmente, parece um pouco irreal.
É complicado colocar um filho sob os cuidados de um padre, quando se sabe que há 5% de chance de colocá-lo nas mãos de um pedófilo. A igreja tornou-se um lugar perigoso para as crianças.
Tem razão a teóloga inglesa Myra Poole: "É terrível o que estes homens (padres pedófilos) fizeram, mas a responsabilidade é dos bispos e do Papa", que "deviam ir para a prisão com eles", porque este tipo de abusos resulta de "uma cultura aceite pela Igreja"... "A grande tragédia" é que os altos responsáveis "não serão responsabilizados", antecipa. E os padres continuarão a ser "mudados para outras paróquias para continuar com as suas coisas". " É uma situação muito grave.






0 Comments:
Postar um comentário
Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com