Aos olhos da família e da comunidade católica, um homem de princípios. Mas quando a porta da casa paroquial se fechava, Emilson Soares Corrêa virava outra pessoa, capaz de fazer sexo com uma menina de 15 anos no cômodo atrás da paróquia, em frente à imagem da Santa Ceia. A filmagem é a prova de que o padre, indiciado pelo estupro de duas irmãs, vivia entre a rigidez do céu e os pecados do inferno.
"Ele é muito natureba". É desse modo que o sobrinho-neto do pároco define o tio-avô. O hábito de se alimentar quase que exclusivamente de saladas reforça a tese. Quando muito, um peixe:
— Nunca o vi beber refrigerante, só suco.
No altar da igreja, a imagem de padre Emilson era a de homem rígido, preocupado com os bons costumes. Logo que chegou à Igreja Nossa Senhora do Amparo, em São Gonçalo, há três anos, proibiu o consumo de bebidas alcoólicas nas festas. Nas missas, alertava os jovens sobre o consumo de drogas na região, cercada pelos morros do Mutuapira e da Chumbada, dominados pelo tráfico.
Quem conviveu com padre Emilson tem dificuldade de entender como ele hoje é acusado de dois estupros. Um homem que, em lugar de guardar os segredos revelados no confessionário, teve sua intimidade exposta na imprensa. Desde domingo, o sacerdote não aparece nas duas casas onde vivem seus parentes, no Colubandê, em São Gonçalo. A família aceitou receber o EXTRA, mas os parentes pediram para não serem identificados.
— A carne é fraca, né? Ele é homem. Mas não consigo reconhecer meu tio no vídeo — diz uma sobrinha do padre.
O pai de Emilson, um católico fervoroso de 86 anos, ainda não viu o vídeo no qual o filho aparece fazendo sexo com uma menor na casa paroquial. A mãe morreu sem saber desse pecado.
— Meu tio é um homem bom e um filho carinhoso — conta a sobrinha do pároco.
Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/padre-acusado-de-estupro-nao-come-carne-nao-bebe-refrigerante-proibiu-alcool-em-festas-7723063.html#ixzz2MQmXIHAS
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