OSS é um modelo falido, diz José Riva

PRISCILLA VILELA
Da Reportagem

A gestão de hospitais públicos por meio das Organizações Sociais de Saúde (OSS) é um modelo falido, ao menos para o deputado estadual José Riva (PSD). O social-democrata argumenta que o padrão já mostrou que não deu certo, e aconselha o Governo do Estado a não insistir na execução do plano. 

O molde foi implantado pelo ex-secretário estadual de Saúde, Pedro Henry (PP), e foi desaprovado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), mas ainda é defendido pelo Governo do Estado, que tem planos de ampliá-lo. José Riva, no entanto, é enfático ao afirmar que as OSs devem ser banidas.

Muitas das regiões do estado, de acordo com o social-democrata, não são atendidas pelo modelo, o que origina uma injustiça entre a população dependente do sistema público de saúde. Assim, uma “reforma” na administração da saúde é defendida.

“Os problemas na saúde não podem permanecer. É importante rever o modelo que foi implantado. Ele não deu certo, não adianta insistir, não dá pra implantar a OSS em todo o Estado”, argumentou.

Contudo, em resposta a todos os que ligaram o péssimo estado da saúde em Mato Grosso à gestão do governador Silval Barbosa (PMDB), Riva responde e defende o chefe do Executivo. Pondera o parlamentar que o problema foi acumulado por anos seguidos de má gestão no setor e que agora estourou nas mãos do peemedebista.

“A culpa da saúde não é do Silval. Há vinte anos que o estado, por exemplo, não aumenta o número de leitos. O problema quando vem sendo represado por todos os governados e uma hora estoura”, defendeu o deputado.

Frente à gestão da saúde com preferência pela OSS está ainda o Partido Progressista, de Henry, e que agora conduz a pasta pelas mãos de Mauri Rodrigues. Assim que assumiu a pasta, ele já defendeu a continuidade do sistema e confirmou que considera positivos os trabalhos desenvolvidos até agora.

“O modelo de OSS é um assunto extremamente polêmico e não seria diferente nessa gestão. Existem avanços e dados que mostram que houve avanços, como por exemplo, o Hospital de Sorriso, que teve uma melhoria do atendimento e é referencia na região do Teles Pires. Mas não posso afirmar sobre todos os demais. Esses são os ajustes que temos que fazer”, declarou assim que foi empossado.

Estão sobre a gestão das OSSs os hospitais Metropolitano de Várzea Grande e os regionais de Colíder, Rondonópolis, Cáceres, Sorriso e Alta Floresta. Alguns deles já são alvos da justiça. O de Rondonópolis foi alvo de decisão judicial para exigir que o Estado cancelasse o contrato com o Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (IPAS). 


http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=427627

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