Laudo comprova material genético masculino na vítima
No dia em que acontecia a primeira audiência do caso que ouve testemunhas do assassinato de Julia Assunção de Moura Machado, 6 anos, morta em 16 de novembro, uma nova informação alterou os rumos da processo. Um laudo pericial, encaminhado há cerca de três meses e entregue ontem à Polícia Civil, comprova a presença de material genético masculino nas partes íntimas da menina. A informação chegou ao Fórum com a audiência ainda ocorrendo, e deve mudar os rumos do julgamento.
Ontem à tarde, 10 testemunhas de acusação prestaram depoimento ao juiz Ulysses Louzada. Como todas estavam presentes, os depoimentos dos dois réus eram aguardados. Porém, a informação sobre o laudo pericial fez com que Carlos Renan Pinto Galvão, 26 anos, autor confessor do assassinato da menina, não fosse ouvido. Do réu, foi solicitado material genético para que se realize a contraprova e confirme, ou não, se o material genético colhido no corpo de Julia é de Galvão. O resultado do exame não tem prazo certo, mas uma nova audiência deve ser feita caso o exame comprove o abuso sexual, o que acarretaria na denúncia de novo crime contra o acusado, que já responde por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. O advogado de acusação, Antônio Carlos Porto e Silva, afirma que o laudo cria uma reviravolta no caso.
– Não sabemos ainda se (o material genético) é do réu. Vai ser colhido material genético dele. Ele aceitou. Algum contato com um homem ela teve, e isso muda os rumos do processo – afirmou.
Neridiane pode responder por participação no assassinato de Júlia
Além do novo fato para a investigação, a acusação de ocultação de cadáver contra a prima da vítima, Neridiane Rodrigues, 21 anos, deve mudar. Por meio de transação penal, foi pedido que Neridiane não responda mais processo de ocultação de cadáver e deverá cumprir outras determinações judiciais. Agora, o Ministério Público (MP) deve incluir ao processo nova denúncia com relação à suposta participação da jovem no assassinato de Julia.
Durante os interrogatórios, as testemunhas falavam sobre vários pontos: como era a relação do casal acusado, como chegaram até o corpo de Julia, entre outros.
No início da audiência, perto das 14h, Neridiane entrou na sala de audiências por dentro do prédio do Fórum, o que criou uma tensão entre as testemunhas e a acusada.
O juiz e o advogado de acusação precisaram conversar com os familiares e vizinhos para que acalmassem os ânimos e não atrapalhassem o andamento da audiência.
EDUARDO COVALESKY DIAS|EDUARDO.DIAS@DIARIOSM.COM.BR







0 Comments:
Postar um comentário
Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com