Incomodou-me demais ver as árvores dos canteiros de algumas das principais avenidas da cidade serem eliminadas. Inexoravelmente o VLT, numa atitude maquiavélica, derrubava tudo o que via pela frente, para atingir seu objetivo. A ordem é modernizar a cidade e, como apregoava Niccolò Machiavelli, mas para muitos, “os fins justificam os meios”.
É notório que Cuiabá não está mais tão verde assim. Agora a Cidade Verde está sendo transformada em Cidade de Pedra. Há um leve conforto saber que o projeto inicial do VLT inclui a rearborização de todo o trecho onde a obra está passando, mas existem ainda muitas áreas degradas em decorrência das construções de arranhásseis, residências e outros.
Como educador não posso deixar de ficar com um pé na frente e outro atrás. Basta lembrar que grandes eventos a nível mundial, foram boicotados pelos países industrializados, que viram nesses programas um empecilho ao seu desenvolvimento. A ECO-92 teve que ser “reeditada” com a Rio+20, ocorrida no Rio de Janeiro em 2012. O objetivo era resgatar o conceito de Desenvolvimento Sustentado e criar novas estratégias para sua definitiva implantação. O Protocolo de Kioto, realizado no Japão em 1997, só foi assinado em 2005, justamente em função dos óbices criados pelos grandes, especialmente pelos Estados Unidos da América.
A nível de Brasil, posições ideológicas diferenciadas, envolvendo políticos, empresários, especuladores e ruralistas, quase impediram a aprovação do Novo Código Florestal Brasileiro, pois a Geopolítica da cobertura vegetal, já tinha traçado estratégias para exploração desse importante recurso natural, tanto para a produção da madeira industrial, como para expansão da área agricultável.
Em Mato Grosso, programas que tinham componentes ambientais também lutaram contra interesses de grupos políticos e econômicos. O Prodeagro/Padic foi palco de maracutaias e logo volatilizou-se, enquanto que o Zoneamento Agroecológico nem chegou a ser implantado. Neste Estado o agronegócio se expande de forma assustadora e a força do capital passa por cima de qualquer projeto ambientalista. Ainda bem que do MT Legal, um programa que parece que vai dar certo, foram retirados 7 pontos e incorporados ao Novo Código Florestal Brasileiro.
Sabemos que Cuiabá já perdeu muito da sua cobertura vegetal, especialmente por pressão do crescimento demográfico. Essa pressão fez com que mais recentemente, muitos bairros surgissem sem a preocupação com o verde. Por isso , em parceria com uma equipe de colaboradores, formulamos o Programa de Arborização Comunitária, chamado carinhosamente de “Movimento Plantar. A intenção é plantar para melhorar a qualidade do ar. Pretendemos repor na cidade de Cuiabá, a cobertura vegetal de onde ela foi retirada e arborizar os bairros novos. Com isso contribuir para a melhoria da saúde e da qualidade de vida da população desta cidade.
O pontapé inicial já foi dado no dia 03 de fevereiro, num evento em que foram distribuídas e plantadas centenas de mudas no bairro Residencial Nova Canaã. A segunda etapa do projeto acontece 10 de março (domingo)“Venha somar conosco. Vamos fazer com que Cuiabá continue sendo chamada com orgulho de Cidade Verde”.
Mario Nadaf é cuiabano, advogado , professor no Colégio São Gonçalo e vereador de Cuiabá pelo PV.
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