Juiz condenou padre a nove anos de prisão em regime fechado.
Religioso ainda não foi encontrado pela Justiça para cumprir pena.
Pela primeira vez na história, a Justiça do Amazonas condenou um padre pelo crime de pedofilia. A decisão tomada pela juiz da cidade de Borba, Eliezer Fernandes Júnior, definiu como pena para um pároco italiano nove anos de prisão em regime fechado. De acordo com denúncia aceita pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM), o líder religioso recebia crianças e adolescentes no quarto dele no sítio Casa Paroquial Cristo Rei para praticar supostos atos libidinosos em troca de alimentos, guloseimas e dinheiro às vítimas.
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Segundo o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), a denúncia do MPE/AM esteve embasada a partir do depoimento de uma das vítimas, entre elas, uma garota que sofreu o crime dos 9 aos 12 anos de idade, a partir de 1993. O Ministério Público apurou que a "mandava sentar em seu colo, passando a acariciá-la e tocando-a em seus seios e em sua vagina". Porém, somente quando veio para Manaus, em 2003, a vítima conseguiu revelar a história em denúncia ao Conselho Tutelar, onde revelou detalhes dos atos. Ainda de acordo com o TJAM, o padre tentou convencer a vítima e a representante do Conselho Tutelar para que o depoimente fosse desfeito. Entre as promessas oferecidas pelo padre estavam uma casa e uma motocicleta.
Durante todas as etapas do processo, o padre italiano negou ter cometido o crime. Porém, segundo o juiz Eliezer Fernandes Júnior, os depoimentos das testemunhas de defesa pouco contribuíram para ajudar o réu, além do fato dos testemunhos das vítimas serem fortes e com detalhes suficientes para indicar a realização do ato.
Após a confirmação da sentença, o padre italiano ainda não foi localizado pela Justiça. Durante o processo judicial, a defesa do pároco tentou, sem sucesso, recuperar o passaporte dele. O juiz vai expedir o mandado de prisão nesta semana e, caso seja confirmada a ausência do religioso do Brasil, será pedido o auxílio do TJAM para que a detenção seja feita.
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