Feliciano pede prisão de manifestante que o chamou de racista

Camila Campanerut
Do UOL, em Brasília

  • Sergio Lima/Folhapress
    Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, pastor Marco Feliciano (PSC-SP, ao fundo) acompanha discurso de seu colega Jean Wyllys (PSOL-RJ) no plenário da Casa
    Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, pastor Marco Feliciano (PSC-SP, ao fundo) acompanha discurso de seu colega Jean Wyllys (PSOL-RJ) no plenário da Casa
O deputado Marco Feliciano (PSC-SP)presidiu na tarde desta quarta-feira (27) pela terceira vez a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Mais uma vez, encontrou o plenário tomado por manifestantes. Ele chegou a pedir a prisão de um manifestante que o chamou de "racista".

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"Mantenham a calma. Eu não vou ceder à pressão. Vocês vão ficar sem voz de tanto gritar", disse aos manifestantes que gritavam e apitavam. A comissão chegou a restringir o acesso ao plenário para evitar tumultomas não adiantou e a sessão teve que ser transferida para uma sala maior. A Polícia Legislativa foi orientada a recolher os apitos dos manifestantes.
Um manifestante chamou o deputado de "racista" e Feliciano pediu para que a Polícia Legislativa o retirasse do plenário. "Aquele senhor de barba vai sair preso daqui porque me chamou de racista", disse o deputado, citando o artigo 139 Código Penal, que trata de difamação.
"Sou negro, pobre e gay, por isso que me prenderam", disse Marcelo Régis Pereira, que se identificou apenas como manifestante. Pereira, no entanto, não foi preso -- foi levado pelos policiais para um local reservado na Câmara. Pereira foi solto e disse que apenas gritou palavras de ordem, assim como os outros manifestantes.
Enquanto a CDH realizava sua reunião, outro manifestante foi detido. Allysson Rodrigues Prata tentou invadir o gabinete do deputado quando foi impedido pelos agentes da Polícia Legislativa.

"ELE VAI SAIR PRESO DAQUI PORQUE ME CHAMOU DE RACISTA"

Após a transferência da sessão para uma nova sala, só foi permitida a entrada de jornalistas, deputados, assessores e debatedores convidados.
A Comissão de Direitos Humanos debateu a contaminação do solo por chumbo em Santo Amaro da Purificação (BA). Feliciano passou a presidência para o autor do requerimento da audiência, deputado Roberto de Lucena (PV-SP).
Desde que assumiu a presidência da comissão, o deputado, que é também pastor evangélico, tem enfrentado protestos. Ele é acusado de ter dado declarações homofóbicas e racistas. Na semana passada, a sessão da CDH durou menos de dez minutos e foi suspensa devido ao tumulto. A primeira reunião sob o comando de Feliciano, no último dia 13, também foi marcada por bate-boca.
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Eleição de pastor para Comissão de Direitos Humanos gera protestos139 fotos

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27.mar.2013 - Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, pastor Marco Feliciano (PSC-SP, ao fundo) acompanha discurso do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), um de seus principais opositores, no plenário da Casa. Um dos idealizadores da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, criada em protesto à eleição de Feliciano para a CDH, Wyllys criticou a decisão do PSC de manter no cargo o pastor, autor de declarações consideradas homofóbicas e racistas Leia mais Sergio Lima/Folhapress

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