Éder Moraes de volta ao governo Silval Barbosa


ederConsiderado secretário problemas, Éder Moraes conseguiu retornar ao governo de Mato Grosso. Dessa vez, ficará responsável pelo Escritório de Mato Grosso em Brasília, autarquia que até então, estava sob o comando da vice-governadoria. A indicação de Éder para a função foi confirmada pela Secretaria Estadual de Comunicação, nesta sexta-feira (15). A nomeação foi publicada no Diário Oficial que circula hoje.

A nomeação acontece dois dias depois de Éder Moraes pedir desculpas formais ao vice-governador e secretário de Cidades, Chico Daltro (PSD) por ter dito que ele teria envolvimento com o lobista Rowles Magalhães, acusado de ter cometido fraudes para incorporar o VLT na matriz de responsabilidade da Copa do Mundo de 2014.
Na nomeação, consta que Éder Moraes ficaria na vice-governadoria. No entanto, em entrevista à imprensa local, Éder afirmou que o escritório ganhará status de secretaria e ficará subordinado ao governador. A matéria ainda precisa ser apreciada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Segundo entrevista dada por Éder Moraes ao site Olhar Direto, sua atuação terá três eixos: ampliar conversas com o Congresso Nacional; tratar das relações internacionais e articular projetos junto aos Ministérios.
Éder Moraes foi presidente do MT Fomento, Secretário da Fazenda, Secretário Chefe da Casa Civil e por último Secretário Extraordinário da Copa. Acabou exonerado do cargo pelo governador Silval Barbosa (PMDB) por plantar informações inverídicas na imprensa, que resultou em mal estar na relação do governo do estado com o Tribunal de Contas do Estado. Éder teria dito à imprensa que o então deputado Sérgio Ricardo estaria negociando com o conselheiro José Carlos Novelli para sua ida para o TCE, através de pagamento de propina.
Depois de deixar o governo de Mato Grosso, Éder Moraes ocupou o cargo de secretário de Governo em Várzea Grande, no mandato tampão exercido por Maninho de Barros (PSD).
Especula-se que a retirada do escritório da Brasília da responsabilidade do vice-governador foi uma forma encontrada pelo governador Silval Barbosa de reduzir os superpoderes de Chico Daltro. Assim, reduziria as críticas que vem sofrendo na Assembleia Legislativa.
O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) tem criticado de forma ferrenha o acúmulo de cargos do vice-governador, que além de ter atribuições específicas como cuidar da AGER, MT Fomento, causas indígenas e relações institucionais com os municípios, ainda é secretário estadual de Cidades.

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