Cuiabá pode perder verba de R$ 125 milhões do BRT


Prioridade da Prefeitura são programas de asfaltamento de bairros

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BRT de Bogotá serve de inspiração para modelo de corredores de ônibus em Cuiabá
LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
A Prefeitura de Cuiabá pode perder o projeto de R$ 125,6 milhões para implantação de duas linhas de Bus Rapid Transit (BRT).

A capital mato-grossense foi selecionada no programa PAC Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades, com dois projetos de corredores de ônibus – um ligando a Avenida Dante de Oliveira (Trabalhadores) às avenidas Getúlio Vargas e Isaac Póvoas, no Centro, e outro ligando bairros da região Sul ao Terminal do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) no Coxipó.

O problema é que o prefeito Mauro Mendes (PSB) ainda não tem conhecimento de qual é a capacidade de endividamento do Município e, portanto, não sabe se a Prefeitura terá condições de acessar o financiamento para essas obras.

“Cuiabá foi incluída no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que é o primeiro passo. Depois, é preciso reunir as condições técnicas e financeiras para tomar esse empréstimo, já que não se trata de uma transferência a fundo perdido”, disse Mendes.

Além dos R$ 125,6 milhões do PAC Mobilidade Urbana para o BRT – que exige a contrapartida de R$ 15,2 milhões da Prefeitura –, Cuiabá também foi selecionada em três projetos do PAC Pavimentação, que somam R$ 150,5 milhões, sendo R$ 7,5 milhões de contrapartida do município.

No total, Cuiabá foi selecionada para financiar investimentos da ordem de R$ 276 milhões, por meio do Ministério das Cidades.

O secretário de Governo, Fábio Garcia, informou que a Prefeitura já está levantando, junto ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal – os dois bancos que financiam o PAC –, o valor que pode ser emprestado ao município.

“Fomos habilitados em dois projetos do PAC Mobilidade e três do PAC Pavimentação. E, dependendo da nossa capacidade de endividamento, não vamos poder executar todos os projetos”, disse.

Garcia informou que a prioridade do município é acessar os programas de pavimentação nos bairros. Por isso, se Cuiabá não tiver capacidade para acessar o valor total dos programas, o BRT ficará de fora.

Projeto de asfaltamento


Os três projetos para pavimentação de ruas incluem drenagem superficial, rede coletora de águas pluviais, sinalização viária e recapeamento da pista em oito bairros. O projeto para asfaltar os bairros Dr. Fábio I e Altos da Serra I é no valor de R$ 33 milhões e prevê a pavimentação de 254,5 quilômetros de vias.

Nos bairros Pedra 90, Novo Paraíso 2 e Umuarama estão previstos investimentos de R$ 53,9 milhões para asfaltar 56,3 quilômetros. O projeto que abrange os bairros Jardim Florianópolis, Jardim Vitória e Jardim União prevê o asfaltamento de 41,8 quilômetros ao custo de R$ 63,5 milhões.

Projeto do BRT

O projeto da rede alimentadora da região Sul prevê 23 quilômetros de corredores de ônibus, com 51 pontos, e 21,2 quilômetros de ciclovias, ao custo de R$ 34,2 milhões. A intenção é que essa linha de BRT alimente o Terminal do VLT no Coxipó.

Já o eixo da Avenida dos Trabalhadores prevê 13,1 quilômetros de BRT, com 34 pontos de ônibus ao longo do trajeto, e 4,5 quilômetros de ciclovias, além de um terminal.

Todos os projetos foram encaminhados ao Ministério das Cidades no ano passado, na gestão do ex-prefeito Chico Galindo (PTB).

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