Câmara "segura" projeto que reduz salário de Mauro Mendes em 22%


Da Redação
A Câmara Municipal de Cuiabá adiou mais uma vez a apreciação do projeto de lei que visa reduzir o salário do prefeito Mauro Mendes (PSB) em 22%. Sob alegação de que a pauta da sessão plenária de desta terça-feira (26) estava cheia, o presidente do Legislativo, vereador João Emanuel, achou por bem transferir a votação desta mensagem para a próxima semana. “A pauta estava extensa demais e para não delongar vamos votar na próxima semana. Só votamos os projetos de lei que dão títulos de cidadão cuiabano, lemos uma a um, por isso que fizemos uma sessão específica para este tema”, explica o social democrata.
A demora, entretanto, não está agradando o chefe do Executivo Municipal. De acordo com ele, aprovar esta mensagem sem dificuldades foi um compromisso dos vereadores. “A Câmara fez um compromisso comigo que faria essa redução. Estou aguardando eles cumprirem o compromisso. Esse atraso não é positivo. Eu fui rápido em resolver o problema que eles pediram que eu resolvesse, espero que eles tenham a mesma consideração para comigo”, afirmou Mendes, ressaltando que só encaminhou a mensagem criando uma verba indenizatória de R$ 25 mil para ele por conta do questionamento do Ministério Público quanto à remuneração dos parlamentares.
Além disso, a lentidão da Câmara pode acarretar prejuízos aos cofres públicos. Nos bastidores fala-se que os vereadores estão segurando esta votação por conta do pedido de aumento do duodécimo feito a Mendes na última semana. Os parlamentares, no entanto, negam.
Com a aprovação da mensagem o salário do prefeito sai de R$ 22 mil para R$ 17 mil. De acordo com o socialista, essa redução gerará uma economia de R$ 1,5 milhão ano na folha de pagamento, uma vez que categorias como auditor e procurador fiscal têm sua remuneração equiparada ao salário do prefeito.
VERBA INDENIZATÓRIA
A discussão envolvendo a verba indenizatória dos parlamentares cuiabanos está longe de ter um final. O presidente do Legislativo Municipal, vereador João Emanuel (PSD), afirma que vai utilizar do poder de convencimento para reverter esta situação junto ao Ministério Público Estadual (MPE).
O social democrata recebeu a notificação a cerca da ação civil pública ingressa pelo órgão fiscalizador nesta segunda-feira (25). De acordo com ele, o próximo passo será marcar uma audiência com representantes do órgão. “Nós preparamos toda uma justificativa jurídica. Vamos levar isso ao Ministério Público, vamos ponderar que há constitucionalidade nisso, inclusive são tidas pelo Tribunal de Contas como constitucionais. Vamos ponderar isso e usar o poder de convencimento. Feito isso, se eles ainda não se sentirem satisfeitos, nós vamos partir para a construção de um acordo”, pontua.

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