Um bebê de um mês morreu depois de cair no chão durante briga dos pais, no Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá, na noite desta sexta-feira (1º). Conforme a Polícia Civil, o casal foi detido e deve ser autuado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Os pais da criança e outras três testemunhas prestaram depoimento ao delegado Antônio Garcia, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), neste sábado (2).
A polícia informou que ainda não tem conhecimento se a vítima morreu na sexta ou neste sábado. A data e as causas da morte devem ser identificadas após resultado do exame de necrópsia. O corpo do bebê foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), que deve emitir o laudo em, no máximo 30 dias, sobre a morte.
No momento da briga do casal, havia várias pessoas na casa, onde a adolescente de 13 anos e o companheiro de 21 estavam morando desde o nascimento do bebê. Duas dessas testemunhas, que preferiram não ter o nome divulgado, disseram que as brigas entre eles eram constantes.
Na noite desta sexta-feira, a briga teria sido motivada por ciúmes da adolescente para com o rapaz. "Ela não queria que ele fosse buscar o caderno dele na casa de uma colega e, enquanto brigavam, ela segurava o bebê no colo. Ela disse que ele queria deixá-la sozinha cuidando do bebê que estava com febre", contou uma testemunha. Durante a discussão, o pai teria tentado tomar o filho do colo da mãe, que encontrava-se alterada, quando a criança caiu.
"O pai disse que tentou puxar o bebê do colo da mãe e, nisso, ela falou: nem comigo, nem com você", disse uma investigadora da Polícia Civil, que atendeu a ocorrência. No entanto, em depoimento à polícia, a adolescente negou ter jogado a criança.
A adolescente mantinha relacionamento afetivo com o pai do bebê há cerca de um ano e foi morar com a mãe no período pós parto, segundo a polícia.
Prestaram depoimento à polícia a mãe da adolescente, que também teria presenciado a briga; uma tia do pai do bebê, o policial militar que atendeu a ocorrência e o casal. A tia do rapaz teria chegado na casa e após saber que a criança havia morrido insistiu para que a Polícia Militar fosse acionada, já que, de acordo com a Polícia Civil, as testemunhas e o próprio casal não pretendiam levar o caso à polícia.
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