Novo papa Francisco discursando para os fiéis no Pátio São Pedro; escolha deixou argentinos surpresos
Foto: AFP
Os favoritos eram diversos, como o italiano Angelo Scola, o brasileiro Odilo Scherer, o canadense Marc Ouellet e o amerciano Tmithy Donal. Entretanto, a fumaça branca soprada pela chaminé da capela Sistina, no Pátio São Pedro, no Vaticano, apontava um nome inesperado. A notícia de que o novo papa é um latino-americano deixou a maioria dos fiéis surpresa. O católico, argentino e professor universitário Celso Pérez, que desde 1995 mora no Recife, declarou que estava assistindo à televisão no momento do "habemus papam" e a primeira reação após o anúncio de que o papa é argentino foi de "surpresa total".
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"Eu entendi, mas não queria entender, sabe? Não tinha caído a ficha, pois estavam dizendo que o novo papa seria mais novo", ressaltou Pérez. O nome de Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, foi divulgado por volta das 15h05 desta quarta-feira (13) - horário de Brasília. Ele é o 266° sucessor do trono de Pedro e o 1° papa latino-americano. "A Igreja Católica sempre foi muito focada na Europa. Acredito que isso seja um sinal, uma abertura para que os conflitos dos países latino-americanos possam ser ouvidos", afirmou, esperançoso, o argentino.
Segundo Pérez, o papa Francisco sempre foi muito atuante durante a ditadura militar que governou a Argentina entre 1976 e 1982. "Na época da ditadura as pessoas criticavam muito a Igreja Católica e ele sempre foi bastante conciliador. Bergoglio defendia a igreja e a população, evitando descontentamentos e brigas. Ele teve um papel fundamental naquele momento difícil para a população argentina", o defende, apesar de críticos o acusarem de ter sido próximo do poder militar durante o regime.
O argentino complementou, ainda, que Francisco é muito humilde, muito próximo do povo, e que essas são suas principais características. "Os bispos e cardeais são muito distantes da população, diferente dele. Além de ser um homem simples e humilde, ele é um bom comunicador e conhece muito bem de teologia", garante Pérez, que acompanhou importantes momentos da história do novo papa.
Em relação aos assuntos polêmicos, como o casamento homoafetivo, o argentino acredita que o papa não irá tratar disso primeiramente. "Acho que ele irá focar na crise interna que envolve a Igreja Católica, como as acusações de pedofilia e os problemas financeiros", opinou. Pérez concluiu demonstrando estar muito contente com a escolha: "Gostaria de registrar minha felicidade de o papa ser um argentino. Espero que tudo dê certo e que ele tenha sabedoria para reconduzir a Igreja Católica, que está precisando de uma reforma urgente".
Já o argentino Ricardo López, radicado no Recife há aproximadamente 50 anos, conhece pouco da história do papa Francisco, porém, também recebeu a notícia com muita alegria. "Minha esposa foi quem me falou sobre o novo papa da Argentina. Parecia mentira, pois geralmente é da Europa. Fiquei muito contente!", exclamou López. Sobre os benefícios que o papa trará ao povo latino-americano, o argentino disse acreditar que ele irá ajudar a todos: "Espero que ele seja bom para os argentinos e que seja amigo do Brasil, são países tão próximos".
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