O inquérito sobre o padre Emilson Soares Corrêa, indiciado pelo estupro de duas irmãs, foi concluído nesta sexta-feira com o depoimento do arcebispo de Niterói, Dom José Francisco Rezende Dias, concecido na Arquidiocese. O religioso teve papel de testemunha do caso de extorsão do pai das duas meninas. Segundo o relato de Dom José, em duas oportunidades, o pai pressionou o próprio padre e a Arquidiocese a "encontrar uma solução" para a situação em que se encontrava. O homem tinha em mãos o vídeo com cenas de sexo do padre Emilson e uma menina de 15 anos. De acordo com o arcebispo, o pai nunca fez menção objetiva a uma casa ou a quanto dinheiro queria pelo vídeo.
- Ele afirmou que o pai ameaçava a Arquidiocese, dizendo que o ex-companheiro da filha, preso por homicídio, vai ser libertado e a família precisava de garantias e segurança - contou a delegada Marta Dominguez, da Deam de Niterói, responsável pelas investigações.
O arcebispo relatou que as insinuações de extorsão aconteceram nos dias 23 e 28 de novembro do ano passado, quando o pai compareceu à Arquidiocese com o vídeo. "Ele vai voltar e vai nos encontrar nessa situação. Como vamos resolver isso?", teria dito o pai no último encontro, segundo o depoimento. Também foi nessa reunião que, segundo o arcebispo, o pai afirmou que padre Emilson também estaria ameaçado de morte pelo ex-companheiro de sua filha.
O padre Emilson foi indiciado por dois estupros, enquanto o pai das meninas vai responder por extorsão. A denúncia vai ser oferecida ao Ministério Público na próxima segunda-feira. A partir daí, o caso será apreciado pelo promotor Rubens Vianna.
Já o pai das duas irmãs, que levou o caso à delegacia somente após os encontros com a Arquidiocese, negou as acusações:
- Só queria apoio psicológico para minhas meninas, que estavam muito abaladas com o que aconteceu. E também fui cobrar a excomunhão do padre - afirmou.
A delegada também questionou Dom José sobre a transferência de padre Emilson, da paróquia no Cubango, onde conheceu a família, para a igreja Nossa Senhora do Amparo, em São Gonçalo. A menina havia se mudado para o muinicípio dois meses antes. Segundo o arcebispo, tudo não passou de "uma coincidência". "Esse é um procedimento administrativo corriqueiro na Igreja", relatou em depoimento. O religioso também disse que a Igreja nunca havia recebido denúncias ou reclamações envolvendo padre Emilson em seus 27 anos como pároco.
Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/arcebispo-acusa-de-extorsao-pai-de-jovens-que-denunciaram-padre-por-estupro-7722832.html#ixzz2MQtlvj5h
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