Após defender Clovito, documento aparece e Emanuel fica constrangido


Jacques GoschFoto: Rodinei Crescêncio

Foto: Rodinei Crescêncio -- Vereadores Clovito e João Emanuel, de desafetos à aliados de primeira hora...
Vereadores Clovito e João Emanuel, de desafetos à aliados de primeira hora...
  O presidente da Câmara de Cuiabá João Emanuel (PSD), que defendeu publicamente o vereador Clovis Hugueney, o Clovito (PTB), de qualquer envolvimento na obra superfaturada para reforma do telhado no Legislativo, passa pelo mesmo constrangimento do petebista. Depois de conceder entrevistas afirmando que leu de “capa a capa” o processo, sem encontrar o nome de Clovito, a opinião do social-democrata deve mudar diante do documento obtido pelo RDNews, por meio do qual fica comprovado que o colega assinou, em 6 de abril de 2010, pelo menos uma ordem bancária para pagamento de R$ 167,1 mil à Alos Construtora Ltda.
   A publicação do documento, que constrangeu João Emanuel, desmoralizou Clovito. Isso porque o vereador usou a tribuna, em duas sessões, para criticar o RDNews, desafiando a mostrar qualquer documento com sua assinatura ordenando pagamento à empreiteira sob suspeita. Além disso, utilizou o expediente da intimidação com ameaça de processo judicial tentando desqualificar a notícia.
   Chama atenção o empenho do presidente da Câmara em defender Clovito. Em 2011, no auge do escândalo provocado pelo superfaturamento das obras na Câmara, o petebista solicitou que todos os procedimentos da extinta secretaria municipal da Habitação, à época comandada por João Emanuel, fossem investigados na Câmara. Naquele período, o petebista acusou o então secretário de envolvimento nas irregularidades.
   Para se ter idéia do nível em que Clovito rebaixou o debate, ele citou a suposta compra de um sapato no valor de R$ 10 mil por João Emanuel. Inclusive, chegou a solicitar a nota fiscal da aquisição ao argumentar que o salário de R$ 7 mil impossibilitava a compra daquele calçado. Apesar do barulho, nada foi comprovado contra o social-democrata, inocentado na Câmara, não sendo sequer citado no relatório do TCE.
  
 Agora, Clovito corre o risco de responder como co-responsável pela obra superfaturada. O ex-presidente da Câmara Deucimar Silva (PP), que figura como réu no processo, está com os bens bloqueados em até R$ 3,4 milhões desde o ano passado. Deucimar, entretanto, não aceita ser punido sozinho. Por isso, ingressou na Justiça com petição para que Clovito e o ex-vereador Pastor Washington (PRB), que eram 1º e 2º secretários, respectivamente e, portanto, ordenadores de despesas do Legislativo, sejam chamados ao processo. Com o chamamento, Clovito e Washington também podem ser responsabilizados pelo superfaturamento da obra. Nos próximos dias, a dupla será intimada a prestar esclarecimentos ao juiz Luiz Aparecido Bertolucci, da Vara Especializada Cível e Ação Popular.
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