Sei que a população sempre espera mais dos governantes, e admito que tanto Silval como Galindo poderiam, podem e devem fazer mais, mas cheguei a conclusão que as primeiras-damas são necessárias sim, ocupando ou não cargo público ...
EVANDRO CARLOS
Divulgação
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Segundo o Wikipédia, primeira-dama é o nome que recebe a esposa de um governante. Primeiras-damas são sempre figuras e tanto. Na Argentina o maior mito nacional é Evita, a eterna primeira-dama de Perón. Cristina Kirchner superou o marido Nestor Kirchner e já foi reeleita para a presidência do país, e no Estados Unidos Hillary Clinton se tornou mais poderosa que seu marido, o ex-presidente por dois mandatos Bill Clinton.
Aqui no Brasil a ex- primeira dama do deputado gaucho Carlos Araujo, uma senhora chamada Dilma Roussef virou a primeira Presidente da República.
Este mês as primeiras-damas têm sido destaque em nosso noticiário. Perdemos Isabel Campos, nossa dama de ferro, como dizem pessoas que a conheceram. Eu só tive contato com ela uma única vez, durante uma visita minha à Radio Industrial, mas gostei do perfil dela.
Os efeitos da operação Porto Seguro seguem e muitos por aí nas redes sociais dizem que o pivô do esquema, uma tal de Rosemary Noronha, é a segunda-dama de Lula, deixando parte de nossa população com pena de Dona Marisa Letícia, a nossa estimada ex-primeira-dama.
Então, me pergunto qual o verdadeiro papel de uma primeira-dama?
Nossa sociedade vive seus dilemas quando o assunto em pauta são as primeiras-damas, especialmente as esposas dos prefeitos, são casos e casos... Tem aquelas que resolvem mandar mais que o marido... Tem aquelas que dizem quem não manda nada aqui sou eu... Tem aquelas do tipo não tô nem ai... Tem aquelas que não abrem mão da secretaria de Assistência Social, e tem aquelas que superam dramas pessoais, como Joaninha Escorsin, em Porto Alegre do Norte, que perdeu completamente a visão, mas continua em ação, e outras que se tornaram mais populares que os maridos, como Iraildes de Oliveira, em Vila Rica.
Uma vez durante um Estradeiro, a ex-primeira-dama de Mato Grosso, Terezinha Maggi, me disse que não era muito fácil ser primeira-dama, e realmente não é. Observando, vejo o difícil sentimento para uma mãe, esposa e amiga, quando o marido e a família estão no poder e são rodeados de políticos interesseiros, empresários sedentos por dinheiro e raposas felpudas do setor, sempre sedentas, rondando o poder a qualquer custo.
Então, com tantas manchetes sobre primeiras-damas, resolvi analisar as ações duas primeiras-damas mais influentes no Estado - a esposa do Governador, a secretária e primeira-dama de Mato Grosso, Roseli Barbosa; e a primeira-dama de Cuiabá, a advogada Norma Sueli Caires Galindo.
O governo Silval Barbosa tem sido criticado e as críticas vão em grande parte, principalmente, para a maioria do seu secretariado, que parece ser um monte de facções, e consequentemente, com suas ações, deixam os prefeitos, deputados, a mídia e a população insatisfeitos. Mas, a secretaria comandada pela primeira-dama Roseli Barbosa se sobressai e consegue fazer mais que muitas outras.
Em princípio, podemos pensar que talvez seja porque Roseli é a esposa de Silval. Mas, cheguei à conclusão que não, que Roseli Barbosa tem conseguido realizar mais que a maioria dos outros por motivos bem diferentes. Primeiro, ela fez o que todos os secretários de Silval deveriam fazer - montou um corpo técnico-politico de assessoramento com profissionais voltados para as áreas de atuação. Também contam a favor de Roseli o fato de já ter sido primeira-dama na pequena Matupá, cidade pequena de nosso estado, que assim como outras de seu porte, a prefeitura é a mãe e o pai da população. Depois, foi também primeira-dama da Assembleia Legislativa, onde os interesses de grupos políticos se sobressaem.
Baseado nisso vejo que se grande parte do Secretariado de Silval olhasse a Primeira-Dama e se esquecessem daquele ditado que corre à boca miúda em corredores de muitas secretarias (“aqui pra dar certo, você tem que pedir para fulano de tal”) seriam os resultados melhores, eficientes e coerentes para a população dos municípios de Mato Grosso.
Sem cargo oficial, a atual primeira-dama de Cuiabá, advogada Norma Sueli Caíres Galindo, caiu nas graças da população com sua postura firme e decidida de querer resolver os problemas decanos da cidade, e deixa dois grandes legados em sua curta passagem como primeira dama da Capital.
Em um primeiro momento, não quis assumir nenhum cargo, pois entendeu que poderia ajudar mais sendo apenas primeira-dama, pois no seu entendimento é melhor dar espaço e colaborar do que querer ocupar espaço e atrapalhar. No seu entendimento, o prefeito é quem tem que ter o comando, e isto prova ser possível termos uma primeira-dama que trabalhe e ao mesmo tempo não atrapalhe.
Exemplo a ser seguido por Mato Grosso afora.
Mas o grande legado de Norma Galindo foi idealizar e criar o Programa Valorizando Vidas, programa este que teve um sentido mais profundo do que muitos que convivem com ele não sabem. A gestão Galindo precisava de dados confiáveis para tentar planejar Cuiabá e lançar programas vitais ao desenvolvimento da capital, uma cidade vítima de trampolins políticos e também impregnada com a presença de muitas raposas audazes. O mandato tampão do prefeito era o principal inimigo para tal ação e ninguém melhor que a primeira-dama para sentir pessoalmente o andamento da máquina e as necessidades da população.
Quando as ações do Valorizando Vidas começaram muitos do núcleo duro, hoje “possíveis admiradores” de Norma Sueli, não acreditavam que a primeira-dama tivesse potencial para chefiá-lo. No final de 2011 aconteceu o maior momento de rejeição de Galindo, e Norma Sueli foi uma da poucas pessoas que teve coragem de ir às ruas, ao encontro do povo e da mídia, para defender o que estava sendo feito pela gestão municipal. Muitas e muitas raposas felpudas se acovardaram, apesar de algumas ocuparem o primeiro escalão.
Sei que a população sempre espera mais dos governantes, e admito que tanto Silval como Galindo poderiam, podem e devem fazer mais, mas cheguei a conclusão que as primeiras-damas são necessárias sim, ocupando ou não cargo público, elas serão, sem sobra de dúvidas, as únicas que terão a capacidade de olharem como mães, esposas, filhas e amigas o nosso povo sofrido, seja ele na Suiá-Missú, no Pantanal, no Teles Pires, no Pedra 90, no Nortão ou na Baixada Cuiabana.
Então, desejo a Virginia Mendes e outra centena e tanto de primeiras damas que ajudem seus maridos a fazerem um Mato Grosso com mais justiça e dignidade social.
(*) EVANDRO CARLOS é jornalista em Mato Grosso.
Aqui no Brasil a ex- primeira dama do deputado gaucho Carlos Araujo, uma senhora chamada Dilma Roussef virou a primeira Presidente da República.
Este mês as primeiras-damas têm sido destaque em nosso noticiário. Perdemos Isabel Campos, nossa dama de ferro, como dizem pessoas que a conheceram. Eu só tive contato com ela uma única vez, durante uma visita minha à Radio Industrial, mas gostei do perfil dela.
Os efeitos da operação Porto Seguro seguem e muitos por aí nas redes sociais dizem que o pivô do esquema, uma tal de Rosemary Noronha, é a segunda-dama de Lula, deixando parte de nossa população com pena de Dona Marisa Letícia, a nossa estimada ex-primeira-dama.
Então, me pergunto qual o verdadeiro papel de uma primeira-dama?
Nossa sociedade vive seus dilemas quando o assunto em pauta são as primeiras-damas, especialmente as esposas dos prefeitos, são casos e casos... Tem aquelas que resolvem mandar mais que o marido... Tem aquelas que dizem quem não manda nada aqui sou eu... Tem aquelas do tipo não tô nem ai... Tem aquelas que não abrem mão da secretaria de Assistência Social, e tem aquelas que superam dramas pessoais, como Joaninha Escorsin, em Porto Alegre do Norte, que perdeu completamente a visão, mas continua em ação, e outras que se tornaram mais populares que os maridos, como Iraildes de Oliveira, em Vila Rica.
Uma vez durante um Estradeiro, a ex-primeira-dama de Mato Grosso, Terezinha Maggi, me disse que não era muito fácil ser primeira-dama, e realmente não é. Observando, vejo o difícil sentimento para uma mãe, esposa e amiga, quando o marido e a família estão no poder e são rodeados de políticos interesseiros, empresários sedentos por dinheiro e raposas felpudas do setor, sempre sedentas, rondando o poder a qualquer custo.
Então, com tantas manchetes sobre primeiras-damas, resolvi analisar as ações duas primeiras-damas mais influentes no Estado - a esposa do Governador, a secretária e primeira-dama de Mato Grosso, Roseli Barbosa; e a primeira-dama de Cuiabá, a advogada Norma Sueli Caires Galindo.
O governo Silval Barbosa tem sido criticado e as críticas vão em grande parte, principalmente, para a maioria do seu secretariado, que parece ser um monte de facções, e consequentemente, com suas ações, deixam os prefeitos, deputados, a mídia e a população insatisfeitos. Mas, a secretaria comandada pela primeira-dama Roseli Barbosa se sobressai e consegue fazer mais que muitas outras.
Em princípio, podemos pensar que talvez seja porque Roseli é a esposa de Silval. Mas, cheguei à conclusão que não, que Roseli Barbosa tem conseguido realizar mais que a maioria dos outros por motivos bem diferentes. Primeiro, ela fez o que todos os secretários de Silval deveriam fazer - montou um corpo técnico-politico de assessoramento com profissionais voltados para as áreas de atuação. Também contam a favor de Roseli o fato de já ter sido primeira-dama na pequena Matupá, cidade pequena de nosso estado, que assim como outras de seu porte, a prefeitura é a mãe e o pai da população. Depois, foi também primeira-dama da Assembleia Legislativa, onde os interesses de grupos políticos se sobressaem.
Baseado nisso vejo que se grande parte do Secretariado de Silval olhasse a Primeira-Dama e se esquecessem daquele ditado que corre à boca miúda em corredores de muitas secretarias (“aqui pra dar certo, você tem que pedir para fulano de tal”) seriam os resultados melhores, eficientes e coerentes para a população dos municípios de Mato Grosso.
Sem cargo oficial, a atual primeira-dama de Cuiabá, advogada Norma Sueli Caíres Galindo, caiu nas graças da população com sua postura firme e decidida de querer resolver os problemas decanos da cidade, e deixa dois grandes legados em sua curta passagem como primeira dama da Capital.
Em um primeiro momento, não quis assumir nenhum cargo, pois entendeu que poderia ajudar mais sendo apenas primeira-dama, pois no seu entendimento é melhor dar espaço e colaborar do que querer ocupar espaço e atrapalhar. No seu entendimento, o prefeito é quem tem que ter o comando, e isto prova ser possível termos uma primeira-dama que trabalhe e ao mesmo tempo não atrapalhe.
Exemplo a ser seguido por Mato Grosso afora.
Mas o grande legado de Norma Galindo foi idealizar e criar o Programa Valorizando Vidas, programa este que teve um sentido mais profundo do que muitos que convivem com ele não sabem. A gestão Galindo precisava de dados confiáveis para tentar planejar Cuiabá e lançar programas vitais ao desenvolvimento da capital, uma cidade vítima de trampolins políticos e também impregnada com a presença de muitas raposas audazes. O mandato tampão do prefeito era o principal inimigo para tal ação e ninguém melhor que a primeira-dama para sentir pessoalmente o andamento da máquina e as necessidades da população.
Quando as ações do Valorizando Vidas começaram muitos do núcleo duro, hoje “possíveis admiradores” de Norma Sueli, não acreditavam que a primeira-dama tivesse potencial para chefiá-lo. No final de 2011 aconteceu o maior momento de rejeição de Galindo, e Norma Sueli foi uma da poucas pessoas que teve coragem de ir às ruas, ao encontro do povo e da mídia, para defender o que estava sendo feito pela gestão municipal. Muitas e muitas raposas felpudas se acovardaram, apesar de algumas ocuparem o primeiro escalão.
Sei que a população sempre espera mais dos governantes, e admito que tanto Silval como Galindo poderiam, podem e devem fazer mais, mas cheguei a conclusão que as primeiras-damas são necessárias sim, ocupando ou não cargo público, elas serão, sem sobra de dúvidas, as únicas que terão a capacidade de olharem como mães, esposas, filhas e amigas o nosso povo sofrido, seja ele na Suiá-Missú, no Pantanal, no Teles Pires, no Pedra 90, no Nortão ou na Baixada Cuiabana.
Então, desejo a Virginia Mendes e outra centena e tanto de primeiras damas que ajudem seus maridos a fazerem um Mato Grosso com mais justiça e dignidade social.
(*) EVANDRO CARLOS é jornalista em Mato Grosso.





