Desacompanhado do vice, que renunciou ao cargo, o prefeito eleito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), anunciou nesta sexta-feira (21) os primeiros cinco secretários que vão ocupar pastas consideradas estratégicas na administração pública. Em entrevista coletiva à imprensa, Mendes afirmou que o critério para a escolha do escalão foi técnico, mas respaldado pelo viés político.
Na Educação deve assumir o ex-presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Gilberto Gomes de Figueiredo. A Saúde será comandada pelo médico Kamil Fares (PDT). Pela terceira vez, o engenheiro Marcelo de Oliveira (PMDB) vai comandar a Secretaria de Obras da Prefeitura de Cuiabá. Ele atualmente é secretário adjunto de Infraestrutura da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa-MT).
Na Secretaria de Governo, o nome escolhido foi Fábio Garcia, atual diretor de uma termelétrica. Na Fazenda, se mantém o atual secretário Guilherme Müller (PSDB), que geriu a pasta durante a administração petebista.
“Eles foram escolhidos pelos resultados que já obtiveram nos cargos que ocuparam anteriormente. Tenho certeza que esse time é de qualidade e vai trazer eficiência na administração de Cuiabá que tanto precisa”, declarou Mauro Mendes.
O prefeito eleito afirmou que pretende anunciar outros nomes na próxima semana concluindo a lista de secretários até a primeira semana de janeiro de 2013. Ele frisou que a mulher dele, Virgínia Mendes, não irá ocupar nenhuma secretaria. O staff do pessebista pretende ser mais enxuto. Ele também voltou a admitir a possibilidade de fundir secretarias. A pasta da Cultura estaria em conjunto com a de Juventude e Meio Ambiente. A Secretaria de Meio Ambiente se ligaria à de Desenvolvimento Urbano.
“É apenas um indicativo. O nosso diagnóstico apontou essa necessidade que ainda será analisada”, disse Mendes. A possibilidade de fusão da pasta de Cultura criou estranheza entre representantes dos movimentos culturais e a nova administração. Eles são contrários à proposta. “Se um prefeito é capaz de administrar 18 secretarias, por que um secretário não pode gerir duas áreas ao mesmo tempo?”, alfinetou Mendes.
À frente a partir de janeiro da pasta da Saúde, o médico Kamil Fares (PDT) revelou que o cargo será o maior desafio da carreira. “Eu tenho consciência que o recurso para a saúde é limitado diante dos problemas que temos. Mas o problema não é a falta de recurso. O dinheiro é mal investido. Uma obra é refeita cinco, seis vezes. Isso não pode acontecer e não irá acontecer na minha gestão”, destacou Fares. Ele informou ainda que os pacientes com doenças crônicas terão prioridade nas unidades.
Presente de Natal
Também nesta sexta-feira, Mendes recebeu das mãos da equipe de transição dois grandes volumes com informações referentes à situação da Prefeitura de Cuiabá. O trabalho da equipe demandou dois meses e traz apontamentos sobre o que terá que ser feito na administração a curto e longo prazos. “Recebi um presente de Natal”, disse Mendes, bem-humorado.
Mauro Mendes adiantou ao site G1 que o estudo trouxe uma diferença expressiva no número de servidores. “Durante a campanha nós detectamos a presença de 14 mil servidores. Agora, são 16 mil. Quem estiver de forma regular vai permanecer, mas quem for irregular será exonerado”, revelou.





