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A 15 dias de transferir o cargo para o prefeito eleito Mauro Mendes (PSB), o atual gestor Chico Galindo (PTB) garante que entregará o Palácio Alencastro “em ordem” para o socialista. O petebista ainda ressalta que deixará R$ 15 milhões em caixa para que o empresário efetue os pagamentos referentes ao mês de dezembro, que não poderão ser empenhados por ele.
“Falar de governo redondo é muito difícil, mas eu entrego a casa arrumada. E posso garantir ao cidadão cuiabano um futuro melhor se continuar nesta linha. O Mauro tem condições de proporcionar um futuro melhor, mas eu posso dizer que arrumei a casa”, disse o prefeito.
De acordo com o chefe do Executivo, pela primeira vez em anos a prefeitura não vai virar o ano no “vermelho”. Ele afirma que o balanço anual mostrou um superávit nas contas da Capital mato-grossense.
“Entrego a casa em ordem com superávit, coisa que há muito tempo não se via. Com recurso a mais na área de Saúde e cerca de R$ 15 milhões em caixa. Sempre passava déficit de R$ 30 milhões, R$ 40 milhões, R$ 50 milhões, mas este ano não vai passar”, disse o prefeito petebista.
Galindo afirma que, do ano passado para este ano, ficaram R$ 47 milhões em dívidas que foram quitadas no decorrer do tempo.
“No meu último ano, de 2011 para 2012, passaram R$ 47 milhões de déficit. Esse ano vai passar o mês de dezembro porque eu não posso pagar, mas tem R$ 15 milhões em caixa”, reafirmou o feito.
O gestor ressalta que só não deixou mais recursos em caixa por conta das obras que já estavam em andamento na Capital. Para ele, são elas o maior legado que deixará para a cidade.
O petebista aumentou a planta genérica do município, elevando, assim, a arrecadação. Com a verba “excedente”, o prefeito investiu no programa “Poeira Zero” e asfaltou diversos bairros da Capital, e ainda deixou o projeto pronto para que Mendes dê continuidade às obras.
Além disso, o chefe do Executivo reformou e ampliou várias escolas municipais e unidades de saúde, bem como deu ordem de serviço para a construção de duas unidades de pronto-atendimentos (UPAs).
Apesar disso, Galindo afirma que não espera que sua rejeição diminua rapidamente.
“Não acredito que o reconhecimento venha agora, porque a sociedade não vai usufruir dessas belezas de imediato. Falo de belezas não só na infraestrutura, da beleza que ficou as áreas específicas que atendem o cidadão. Eu tive que fechar alguns lugares para reformar, então, como que o cidadão vai estar satisfeito? Agora, com o tempo, daqui a uns oito meses, quando ele começar a ser bem atendido, aí, sim”.
O próprio prefeito eleito, Mauro Mendes, reconhece que, em dois anos de mandato, Galindo trabalhou forte em prol de Cuiabá.