Atualizada às 18h08 -Polícia Civil de Colíder (650 km ao Norte de Cuiabá) está investigando o vazamento do vídeo íntimo da vereadora Maria Helena Cordeiro (PSD). Ela registrou um boletim de ocorrência na semana passada, ao tomar conhecimento de que as imagens estavam circulando em grupos de WhatsApp e páginas de ‘humor e fofoca’ nas redes sociais. Defesa da parlamentar enviou nota à redação.
Segundo apurado pela reportagem, a vereadora contou à polícia duas situações que possam ter ligação com o vazamento. A primeira foi quando teve o celular clonado em abril de 2021. A outra foi quando levou o aparelho para manutenção.
Depois disso, as imagens começaram a circular em grupos de aplicativo de mensagens e também nas redes sociais. Ela contou que chegou a ver as publicações no Facebook em páginas de ‘humor e fofoca’ da cidade de Colíder.
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As postagens são acompanhadas de comentários machistas, depreciativos e desrespeitosos. O divulgou nesta terça (16), uma reportagem sobre comentários de ódio na internet, que têm se tornado cada vez mais frequentes. Qualquer pessoa está passiva a esse tipo de ato. Entre os principais alvos dos haters, estão às pessoas públicas.
Delegado da cidade, Breno Palmeira vai investigar o vazamento. Se o autor do crime foi identificado, ele pode pegar de 1 a 5 anos de prisão. Quem compartilha as imagens também está cometendo um crime.
Além disso, há uma lei específica para quem pratica Cyberbullying – que é o bullying nas redes sociais – o artigo 147-A da Lei 14.132 de 2021 diz que “perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade” é crime de assédio on-line, com pena de reclusão de seis (06) meses a dois (02) anos.
Nota de defesa da vereadora
A respeito do episódio envolvendo a vereadora por Colíder, Maria Helena, a defesa da parlamentar, sob responsabilidade do advogado Maurício Ricardo, vem a público esclarecer que:
- A parlamentar foi vítima de um grave crime contra sua honra, com o vazamento e a divulgação de um vídeo íntimo, envolvendo a parlamentar;
- Com as recentes mudanças na legislação, incorre em crime não apenas o responsável pelo vazamento, mas também quem distribui e compartilha este material;
- A defesa já tem uma relação com diversos nomes de pessoas que podem ter compartilhado o material ou atacado a honra da parlamentar, material este que já está nas mãos das autoridades competentes;
- Todas estas pessoas, além daquelas que ainda serão identificadas pelas autoridades competentes, serão devidamente responsabilizadas, tanto na esfera cível quanto na criminal;
- As redes sociais não são terra sem lei e é plenamente possível identificar todos os autores deste lamentável ato;
- Se você recebeu o vídeo, não abra e não compartilhe, sob pena de também incorrer em um crime.
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