Eleitores barram família Pazetto na tentativa de instituir "reinado"


Romilson Dourado

   Rejeitada nas urnas, a família Pazetto não conseguiu transformar Nova Xavantina, na região do Araguaia, numa “monarquia”. Em princípio, o empresário paranaense e ex-prefeito de dois mandatos Robison Aparecido Pazetto, o Pezão, se lançou à sucessão municipal, com a própria esposa Vanusa Celestino Nascimento Pazetto como vice, ambos pelo PP. Pezão ainda tinha a irmã Rosemeire
Aparecida Pazetto, a Meire, no páreo para vereadora, e o sogro João Bosco Nascimento, o Bosquinho, que, aos 61 anos de idade, exerce o sexto mandato de vereador. Como o casal é considerado ficha suja, foi barrado na Justiça por causa de processos. De última hora, decidiu, então, lançar Meire para prefeita. Ela perdeu feio para o prefeito Gercino Caetano (ex-PTB e hoje no PSD), que garantiu a reeleição com 6.593 votos (61% dos votos válidos). Meire chegou a 4.207 (38,9%).
    Só se salvou da família, com êxito nas urnas, o vereador Bosquinho, que reconquistou mais um mandato. Mesmo assim, ele teve a menor votação dos 11 parlamentares que vão tomar posse em 1º de janeiro. O progressista registrou 326 votos.
    O Movimento Cívico de Combate à Corrupção Eleitoral já havia alertado a Justiça sobre os atos de improbidade cometidos por Pezão nos 8 anos, de 2001 a 2008, em que foi prefeito. Responde a 16 ações propostas pelo Ministério Público. Pezão é daqueles que não levam desaforo para casa e, durante a campanha, mudou a postura na esperança de convencer o eleitor a votar na irmã. Mas não teve jeito. O sonho do “reinado” dos Pazetto foi adiado.http://www.rdnews.com.br/blog/post/eleitores-barram-familia-pazetto-na-tentativa-de-instituir-reinado