Eder Moraes chega na PF e diz que é preciso investigar dinheiro desaparecido em campanha


Jonas Jozino e Valdemir Roberto
Da Redação
A- A A+

Colaborador da derrotada campanha de Lúdio Cabral à prefeitura de Cuiabá na eleição deste ano, o ex-secretário da Copa do Mundo de 2014 – Secopa -, Eder Moraes, hoje super-secretário da Prefeitura de Várzea Grande, esteve na manhã desta sexta-feira na Polícia Federal, em Cuiabá. Ele foi depor sobre o caso das 200 camisetas apreendidas pela PF com os dizeres “Federal” em um escritório do Partido dos Trabalhadores (PT), um dia antes do segundo turno das eleições. Aproveitou para esclarecer sobre o rumoroso caso dos R$ 8 milhões que teria chegado em avião para a campanha e que sumiu.
 
Acusado pela coligação do prefeito eleito Mauro Mendes (PSB) de ser o idealizador das camisetas, que supostamente, seriam utilizadas para intimidar 'eleitores' e colaboradores do peessebista durante o pleito, Eder Moraes, antes de entrar no edifício da Polícia Federal disse que estava tranquilo e que não nada a ver com a acusação.
 
“É tudo mentira. Eu nunca fui coordenador da campanha de Lúdio Cabral. A própria aliança partidária sempre fez questão de afirmar que eu nunca participou da coordenação de coisa alguma na campanha. Portanto, não teria como ser eu o idealizador que qualquer tipo de camiseta. Aliás fiquei sabendo disso pela imprensa”, disse, lembrando que Mauro Mendes e a Polícia Federal precisa dar mais explicações sobre isso.
 
Moraes garantiu que as camisetas não foram encontradas em seu escritório, mas sim do PT e lembrou que: "A camiseta não diz nada, não é da campanha, não fala de partido. Não faz referência à campanha. Mas vamos dizer que fosse errado, não tem nada a ver", declarou Eder Moraes. 
 
Já com relação ao caso dos R$ 8 milhões, Eder Moraes disse que a Polícia Federal precisa ir a funda nas investigações. “É preciso investigar, achar o fio da meada. Com certeza que a PF tivesse se empenhado mais o prefeito eleito não teria sido diplomado”, disse numa insinuação de que este dinheiro pode ter vindo da parte de Mauro Mendes.