PR pressiona e Silval deve definir esta semana sobre reforma administrativa

24 Horas News

PR pressiona e Silval deve definir esta semana sobre reforma administrativa

 Pressionado por PSD e PR, o governador Silval Barbosa  terá de se posicionar ainda nesta semana sobre a tão aguardada reforma administrativa em seu governo. O PSD deixou a aliança no início do ano e o PR já entregou os cargos que ocupa no governo.

As duas siglas entendem que passa da hora do governador mudar os rumos de sua administração com uma radical transformação nos rumos de sua política estadual. Os dois partidos, considerados fortes querem mais espaço no poder. A pressão é, portanto, intensa.


Diante desta tomada de posição de PSD e PR, o governador não se vê em outra alternativa que não seja promover a reforma. Ou entendendo que não precisa das duas siglas e tendo liberdade para escolher seus novos assessores diretos ou se curvando aos interesses partidários para manter uma política de coalizão sem brigas e sem dar condições para criar forças antagônicas aos seus projetos já em andamento.
 
 
O princípio que parte do Palácio Paiaguás é que Silval Barbosa não tem interesse, pelo menos neste momento e comprar uma briga com seus aliados. Ele entende que é preciso manter a união para que os projetos, principalmente os que envolvem a realização da Copa do Mundo em Cuiabá, mantenham a continuidade. Sendo assim, o diálogo é fundamental e ele vai continuar mantendo conversações com as lideranças de PSD e PR. 
 
 
O primeiro a ser chamada para uma conversa será o PR, que ameaça deixar o governo. “Quero primeiro ter uma conversa com o deputado federal Wellington Fagundes e o deputado estadual Emanuel Pinheiro”, justificou, o governador para explicar que só depois vai tomar uma decisão sobre a propalada reforma administrativa. Ele já vem conversando com o PSD e, principalmente com o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa José Geraldo Riva, com quem mantém laços familiares. 
 
 
No caso do PR, o porta-voz do partido, Emanuel Pinheiro não muda o discurso e diz que o partido é aliado do governador, mas esclarece que aqueles que ocupam os principais cargos chaves, no caso secretarias não foram indicados pelos republicanos, mas sim convocados pelo governador. Por isso, ele defende mudanças e que todos entreguem seus cargos. Chega até a ameaçá-los de expulsão do PR. Emanuel entende que a indicação dos nomes deve sair por base de um consenso dentro da sigla e não pode indicação do governador. “Isso é não aliança, é imposição e não podemos aceitar”, tem dito a interlocutores. “Queremos ter o direito de escolher aqueles que melhor podem servir o governo com o apoio de todos os republicanos”, completa
 
 
A grande dor de cabeça neste sentido é saber que Maurício Magalhães, secretário da Secopa e ligado ao PR terá chance de continuar a frente da hoje principal pasta do governo, uma vez que é quem lida com as obras de mobilidade urbana e da Arena Pantanal para a Copa. Silval teme que uma radical mudança agora prejudique todo o trabalho, que já está atrasado. O PR, por sua vez não se manifesta sobre a possibilidade de colocar outro nome na pasta. 
 
 
É preocupado com o futuro das obras que Silval, antes mesmo de pensar em uma reforma administrativa mais ampla, vai procurar esgotar todas as possibilidades políticas nas conversas com o PR. Ele sabe que a manutenção de Magalhães é fundamental neste momento. Espera-se que Sival consiga apresentar a partir de quarta-feira, quando se encerra o prolongado feriado de uma semana, começa a apresentar alternativas para atender aos anseios dos aliados, sem descaracterizar sua política de desenvolvimento para o Estado.