Inconformada, família Campos denuncia voto de morto em Várzea Grande

Redação 24 Horas News

A defesa jurídica da coligação  Unidade Democrática Social, liderada pelo partido dos Democratas, em Várzea Grande, pretende levar longe a questão envolvendo a eleição na cidade. Inconformados com a maior surpresa eleitoral no Estado, a derrota de Lucimar Campos, esposa do senador Jayme Campos, advogados da coligação agora decidiram denunciar  uma fraude eleitoral ocorrida em 3 de outubro:  mais de 100 mortos votaram.
 
Antonio Carlos Kersting Roque e Garcez Toledo Pizza, encaminham nesta quarta-feira, 21,  à juíza responsável pela 49ª Zona Eleitoral de Várzea Grande, Marilza Aparecida Vitório, documentos que comprovariam o fato. A assessoria da coligação informa que os dois advogados já conseguiram identificar pelo menos 49 casos documentados de eleitores falecidos que consignaram votos no último pleito. O que chamou a atenção foi o fato destes votantes terem idade superior a 75 anos. 
 
Numa rápida investigação, os representantes da UDS teriam  constatado  que pelo menos 9 mil eleitores na faixa dos 80 anos de idade votaram na eleição municipal. “É mais um indício de fraude, pois o cidadão com mais de 70 anos de idade está dispensado do voto”. 
 
Essa é a segunda representação da coligação de Lucimar Campos pedindo a anulação da eleição em Várzea Grande, vencida pelo deputado Wallace Guimarães, do PMDB. Em terceiro lugar ficou o empresário Sebastião dos Reis Gonçalves, o “Tião da Zaelli”, à época prefeito da cidade tentando a reeleição; Zaelli, posteriormente, renunciou ao mandato por causa de uma representação movida pelo advogado Kersting Roque.  
 
Na representação anterior, os defensores de Lucimar  apresentaram a representação, munida de documentos que apontam fraudes no pleito, tais como registros das Atas das Mesas Receptoras de Votos de secções municipais, onde apontam 30 relatos de eleitores reclamando que não conseguiram votar. “No dia 07 de outubro de 2012, no curso das eleições municipais de Várzea Grande, ocorreram fatos praticados por pessoas que buscavam vantagens mediante condutas criminosas que indubitavelmente viciaram o processo eleitoral, e que com certeza conduzirão à anulação do pleito” diz trecho da representação.
 
Roque e Pizza sustentaram que houve clonagem de títulos e documentos pessoais eque também  houve conivência com a Justiça Eleitoral. Eles disseram que foi permitido que “farsantes votassem no lugar dos verdadeiros votantes e sequer retirassem os seus comprovantes de votação”, o que possibilita afirmar que esses saíram rapidamente das seções eleitorais sob as vistas complacentes de mesários e presidentes de mesas receptoras de votos.