47 mortos votaram em VG; advogados querem suspensão do pleito


Welington Sabino, repórter do GD
Divulgação
Pelo menos 47 eleitores que morreram antes das eleições votaram em VG, pois estão em dia com as obrigações eleitorais referentes a 2012
As polêmicas sobre as supostas fraudes ocorridas nas eleições de Várzea Grande em 7 de outubro estão longe de terminar. O mais novo capítulo da briga travada pela Coligação Unidade Democrática Social, encabeçada pela candidata derrotada à prefeitura, Lucimar Campos (DEM), que pretende suspender a diplomação e anular pleito, agora trouxe à tona a informação de que pelo menos 47 pessoas mortas “votaram” na cidade. Levantamento realizado pelos advogados da coligação, Antônio Carlos Kesting Roque e Garcez Toledo Pizza em apenas 1 dos 4 cartórios da cidade, constataram que mesmo mortos e enterrados os eleitores, a maioria idosos acima de 60 anos, estão em dia com as obrigações eleitorais já referentes ao pleito de 2012.
Dessa forma, eles anexaram uma emenda na representação já protocolada no dia 9 de novembro no cartório eleitoral da 49ª Zona Eleitoral de Várzea
Grande, acrescentando documentos que comprovam que os “mortos votaram”. Após protocolarem os documentos na tarde desta quarta-feira (21) também foram até o Ministério Público Eleitoral (MPE) para realizarem o mesmo procedimento. Dois caixões pretos com a frase “Eu votei em Várzea Grande” também foram levados até o cartório eleitoral do Cristo Rei, para representar a gravidade dos fatos e alertar a Justiça Eleitoral, Ministério Público e Polícia Federal para uma investigação rigorosa sobre a fraude, segundo eles, comprovada por documentos.
“Já está comprovado que houve fraude. Os documentos não deixam dúvidas. Isso é um fato gravíssimo e ofende a soberania popular”, enfatizou Roque destacando que as denúncias já protocoladas antes onde foi relatado que pelo menos 30 eleitores não conseguiram votar no dia 7 de outubro, porque outras pessoas já haviam votado em seus lugares também são muito graves. “Houve fraude e queremos que seja apurada. Todos estão sob suspeita e queremos que a Justiça após tomar conhecimento do caso, suspenda a diplomação e anule o pleito”, enfatizou o advogado.
Garcez Toledo por sua vez enfatizou que só realizaram o levantamento no Cartório do 2º Ofício e que agora cabe à Polícia Federal investigar e solicitar documentos nos outros 3 cartórios de Várzea Grande. “Isso é caso de Polícia e precisa sem investigado. Sem sombras de dúvidas esse número de mortos que votaram vai aumentar”, garantiu Garcez ao explicar citar o caso de uma idosa de 98 anos que consta nos sistemas da Justiça Eleitoral com regular com suas obrigações eleitorais. O documento foi consultado e impresso no dia 14 deste mês.
Ainda de acordo com ele, os eleitores morreram nos últimos 4 anos, porém antes do pleito de 7 de outubro de 2012. Para juntar os documentos, eles solicitaram informações e receberam dados do Cartório do 2º Ofício relativos a 2009 e 2010 enquanto a prefeitura de Várzea Grande que subsidia os serviços de sepultamento, forneceu dados dos anos de 2011 e 2012.