Romilson Dourado
Emanuel viveu momentos de tensão. Recebeu cobranças e críticas de candidatos proporcionais e outros integrantes do núcleo da campanha. O deputado ensaiou sair da coordenação geral, mas Mauro o convenceu a continuar no posto.
Com a vitória de Mauro no segundo turno com quase 30 mil votos de frente - conquistou 169.688 votos (54,65% dos válidos) contra 140.798 (45,35%) de Lúdio -, Emanuel também sai fortalecido como uma das lideranças expressivas do PR, que tem como principais estrelas o ex-governador e senador Blairo Maggi, o vice-prefeito eleito da Capital João Malheiros, o presidente regional da sigla, deputado federal Wellington Fagundes, e uma bancada na Assembleia com outros 5 parlamentares, sendo eles Mauro Savi, Wagner Ramos, Sebastião Rezende, Ondanir Bortolini, o Nininho, e Jota Barreto.
A articulação com vistas a levar o PR para os braços de Mauro Mendes começou a ser feita por Emanuel ainda em dezembro do ano passado. Houve resistência, principalmente pelo fato de Mauro ter rompido com o grupo, por força de sua candidatura a governador em 2010, e entrado em choque com o hoje senador Maggi. Aos poucos, as cicatrizes foram se fechando. Numa jogada estratégica, Emanuel convenceu Malheiros a pedir exoneração do cargo de secretário estadual de Cultura, dentro do prazo legal, para pleitear candidatura a vice, dois dias após Francisco Vuolo, que também estava no primeiro escalão, ter feito o mesmo. Na queda-de-braço, Malheiros foi escolhido. Na bronca, Vuolo pediu desfiliação e foi apoiar Lúdio.
Emanuel Pinheiro atuou em outras frentes, principalmente no primeiro turno. Articulador político nato, ele foi espécie de conselheiro do deputado Walace Guimarães (PMDB) em Várzea Grande. Levou o PR a romper com o então prefeito Tião da Zaeli, que trocou o PR pelo PSD, e indicou o vereador Wilton Coelho, o Wiltinho, para vice da chapa de Walace, que venceu as eleições e assume em janeiro como prefeito do segundo maior município mato-grossense. De quebra, Emanuel Pinheiro, que vem legislando por causa de rodízios entre titulares e suplentes e principalmente por causa do licenciamento da Assembleia de Teté Bezerra, ainda se efetiva como deputado, já que o peemedebista Nilson Santos ganhou a Prefeitura de Colíder.
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