O grupo Petra Missões Urbanas realiza hoje uma manifestação contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes em Imperatriz. No dia nacional de combate a esse tipo de crime, o grupo pretende chamar atenção para a causa, fazer com que ela seja mais notada pela população e passe a ser combatida de forma mais eficaz na cidade.
De acordo com dados do Ministério da Saúde e Unicef, o Brasil é hoje um dos países que lideram o ranking de pedofilia e exploração sexual contra menores. São cerca de 60 mil casos relatados por ano – número que pode ser muito maior, já que apenas cerca de 10% das ocorrências são denunciadas ou chegam ao conhecimento das autoridades policiais e judiciárias.
O País registrou nos últimos anos avanços no combate a essa modalidade de crime, através de punições penais mais severas, criação de órgãos especializados na repressão e um serviço de denúncias por telefone, o Disque 100. Mas ainda assim, os números são considerados preocupantes: são em média 60 mil casos relatados por ano. A maioria das vítimas têm entre 8 e 14 anos e 75% delas são do sexo feminino. Em 90% das ocorrências o criminoso conhece a vítima e 70% dos casos de abuso são praticados por pais ou padrastos.
Em Imperatriz, um levantamento do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) apontou o registro de 19 casos de exploração sexual de crianças e adolescentes em Imperatriz nos primeiros três meses deste ano, o que representa 30.65% do total de casos registrados no ano passado. O Bacuri foi o bairro com maior incidência de casos, sete no total, seguido pelos bairros Nova Imperatriz, Parque Santa Lúcia, Parque Alvorada, Parque Alvorada II, Vila JK, Vila Nova, Vila Lobão, Jardim Sumaré dentre outros.
Ainda de acordo com os dados presentes no relatório do Creas, os abusadores são: vizinho (6), padrasto (4), tio (2), irmão (2), conhecido da vítima (2), desconhecido (1) e até a própria criança (2). O número de casos de violência contra crianças e adolescentes nos primeiros três meses deste ano também aumentou na comparação com o ano anterior. As mais comuns foram a violência psicológica (9), maus-tratos (3), outros casos (5), além do próprio caso de exploração (5), que totalizaram 42 registros.
Os casos de abuso sexual contra criança geralmente ocorrem, com maior frequência, até os 8 anos. No estudo do Creas consta que, dos 19 casos de abuso registrados de janeiro a março deste ano, em seis, as vítimas tinham entre 5 a 8 anos. De 9 a 11 anos foram registrados sete casos e na idade de 2 a 4 anos foram três.
Para Dayane Lima, uma das líderes do grupo Petra Missões Urbanas, combater esse tipo de abuso é uma forma de mudar a realidade em Imperatriz. “Queremos mostrar à sociedade a necessidade de se combater e prevenir os números cada vez mais absurdos de violência e abuso infantil. Conscientizar e mobilizar a comunidade a diagnosticar esse tipo de crime e de alguma forma ser agente de mudança nessa realidade”, comenta.
“Acreditamos que toda e qualquer forma de expressão é útil e eficaz, e é preciso que manifestações sejam feitas para mostrar a realidade e fazer com que as autoridades competentes façam algo mais pela causa” finaliza.
A manifestação acontece hoje, a partir das 17h30, na Av. Getúlio Vargas, esquina com a BR 010, próximo ao viaduto.
Exploração Sexual MT:Cuiabá:Grupo de missões urbanas realiza manifestação contra a exploração sexual infantil
maio 18, 2012
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