PM indicia 3 policiais da Rotam por agredirem alunos da UFMT


Victor Cabral

   O inquérito da Policial Militar, que apurava a responsabilidade das agressões cometidas a estudantes da UFMT durante manifestação por moradia estudantil em março deste ano, concluiu que três policiais militares do Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam) serão indiciados por lesão corporal e abuso de autoridade. Eles ainda responderão a processo administrativo.
   Um dia após o episódio, o comandante do Comando Regional I, coronel Jadir Metello da Costa, exonerou o comandante da Base Comunitária da Polícia Militar do bairro Boa Esperança, em Cuiabá, capitão Gilson Vieira da Silva. Ele foi apontado, à época, como responsável pela ação considerada desastrosa.
   Já o inquérito que aponta os três policiais será encaminhado para a Justiça Militar e Justiça comum, onde serão apuradas as transgressões cometidas, podendo resultar na advertência ou até mesmo na demissão deles. A secretaria estadual de Segurança Pública, contudo, não informou o nome dos indiciados nem se eles ficam afastados das atividades.
   O caso
   Alunos da UFMT protestavam em frente a universidade contra decisão da reitoria de fechar 50 vagas das casas do estudante. Com o anúncio eles tomaram parte da avenida Fernando Correa da Costa, o que teria impedido o fluxo de carros e a polícia foi acionada para liberar a via. Quando a Rotam chegou ao local começaram a disparar balas de borracha. Pelo menos 10 alunos ficaram feridos e outros foram agredidos com socos e pontapés.
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