DELEGADO ACUSADO DE TORTURA NO CASO TAYNÁ DEVE SE ENTREGAR AMANHÃ


O delegado Silvan Rodiney Pereira, o ex-chefe da delegacia que começou as investigações da morte da jovem Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, em Colombo, na Grande Curitiba, deve se apresentar à polícia nos próximos dias. A afirmação é do advogado Cláudio Dalledone Júnior, que o defende do pedido de prisão preventiva feito pelo Gaeco e pelo Ministério Público. Dalledone diz que Silvan está preparando a defesa, e que vai se apresentar diretamente à Corregedoria da Polícia Civil.

Dalledone afirma que o delegado é inocente, e contesta as afirmações dos quatro homens presos que dizem que foram torturados para confessar o crime.

Outros 13 agentes já foram presos pelo mesmo motivo, entre eles policiais civis, um militar, um guarda municipal e um auxiliar de carceragem. Para as classes policiais, a promotoria agiu arbitrariamente ao pedir a prisão deles, segundo o presidente de um dos sindicatos da categoria, André Luis Gutierrez.

O presidente do Sinclapol vai além, e diz que essa ação do Gaeco e do Ministério Público ainda é um reflexo da PEC 37, que limitaria o poder de investigação dos promotores. No entanto, o projeto foi derrubado no Congresso Nacional, durante os protestos do mês passado.

Quem também reclamou da ação dos promotores foi o delegado da Homicídios, Rubens Recalcatti. De acordo com ele, as histórias contadas pelos quatro suspeitos da morte de Tayná não condizem com a realidade.

Tayná Adriane Da Silva, de 14 anos, foi morta no dia 25 de junho. O delegado responsável pelo caso, Guilherme Rangel, não repassou novas informações sobre as investigações de quem teria cometido o crime. O processo está em segredo de justiça.