Nove policiais são presos acusados de tortura em Curitiba


Eles são suspeitos de torturar quatro homens para que confessassem a autoria de um crime, na Região Metropolitana da cidade.

Nove policiais e um guarda municipal estão presos em Curitiba. Eles são suspeitos de torturar quatro homens para que confessassem a autoria de um crime, na Região Metropolitana da cidade.
Em uma delegacia de Curitiba estão presos oito policiais civis. Também já se entregaram um PM e um guarda municipal. Entre os pedidos de prisão que ainda não foram cumpridos  está o do delegado Silvan Pereira. Ele foi o responsável pelas investigações iniciais da morte de Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, no dia 25 de junho. 
Os policiais são suspeitos de torturar quatro rapazes para que eles confessassem o estupro e o assassinato da adolescente.
“O Silvan não torturou ninguém, não permitiu que torturassem e não teve nenhuma omissão que pudesse fazer com que esses quatro suspeitos fossem torturados por quem quer que seja”, afirma o advogado do delegado, Cláudio Dalledone.
Os outros policiais presos também negaram a tortura.
“Eles serão ouvidos, mas a prisão deles persiste enquanto a Justiça assim determinar”, destaca Leonir Batisti, procurador de Justiça.
Os quatro rapazes  ficaram 19 dias presos e foram soltos na última segunda-feira (15),  por falta de provas.  Um exame de DNA comprovou que o sêmen encontrado no corpo de Tayná não era de nenhum deles.  
Segundo o Ministério Público, exames de lesões corporais feitos nos rapazes indicaram marcas de agressão que seriam compatíveis com tortura. Os quatro já foram incluídos no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas.
O inquérito da morte de Tayná está sob segredo de Justiça. A adolescente desapareceu no caminho de casa e o corpo foi encontrado três dias depois, em um matagal. Pelo menos dez suspeitos já foram submetidos a exames de DNA.
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