Na contramão, vereadores de VG vão ao recesso e deixam LDO para agosto


Camila Cervantes e Patrícia Sanches

Rodinei Crescêncio
Rodinei Crescêncio -- Vereador Waldir Bento (PMDB)
Vereador Waldir Bento (PMDB)
   A Câmara de Várzea Grande, na contramão do que os Legislativos em geral aplicam e ignorando até mesmo os critérios de razoabilidade e temporalidade necessários para confecção do orçamento, deixou a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para agosto. O argumento é de que a mensagem chegou em junho e, por isso, segundo o regimento interno, não haveria necessidade de votar antes do recesso.
   O curioso é que os vereadores foram os primeiros no Estado a tirarem “férias”, deixando o prefeito, Walace Guimarães (PMDB), a ver navios. O problema da demora da votação da LDO é que na prática a administração terá menos tempo para elaborar a Lei Orgânica Anual (LOA). O presidente da Câmara, vereador Waldir Bento (PMDB), no entanto, alega que não existe porque votar a LDO antes do recesso, tendo em vista que há um prazo de 60 dias para votá-la após a entrega. “Não votamos devido a algumas readequações. A comissão de vereadores fez um estudo até ontem e agora, sob minha responsabilidade, ainda continuaremos averiguando para, depois do recesso, colocarmos em pauta a votação”, disse ao RDNews.
   A Câmara de Cuiabá, por sua vez, entrou em recesso nesta terça (16). Na ocasião, os parlamentares votaram às pressas a LDO, mensagem enviada pelo prefeito, Mauro Mendes (PSB), que prevê recurso na ordem de R$ 1,8 bilhão, no entanto, recebeu apenas quatro emendas. Após a votação, os vereadores entraram em recesso até 5 de agosto. Além disso, também foram votados quatro projetos polêmicos de autoria de Adevair Cabral (PDT), Maurélio Ribeiro e Ricardo Saad, ambos do PSDB, e Arilson da Silva (PT).
   Já a Assembleia, na quarta passada (10), aprovou em primeira votação a LDO, que ganhou somente 7 das cerca de 26 emendas solicitadas pelos parlamentares. A previsão é que, em 2014, o governador Silval Barbosa (PMDB) administre R$ 13 bilhões, valor um pouco superior à estimativa deste ano, que é de R$ 12,8 bilhões. Na última sessão antes do recesso, na quinta (11), os deputados também autorizaram o governo do Estado a contrair empréstimo de R$ 120 milhões para conclusão da Arena Pantanal.
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