Valérya Próspero
Dilmar Dal Bosco e Luciane Bezerra, por serem oposição, sempre atuaram em conjunto
Após ser agredido pelo ex-prefeito de Juara com uma borduna, na madruga de sábado (6), Dilmar ameaça processar Oscar criminalmente. A ação judicial deve acarretar inimizade entre os parlamentares.
A parlamentar disse que não esperava que o assunto fosse repercutir na Assembleia, que seria tudo tranqüilo. Luciane, no entanto, afirma que o democrata não está sabendo separar as coisas e está mobilizando os colegas para levar a situação para dentro do Legislativo. “Do mesmo jeito que vier [acusações], vão voltar”, garante, sobre possíveis debates que serão travados durante as sessões.
Luciane ressalta que não agiria da mesma forma que o marido e afirma ser contra a violência. “Mas o Dilmar procurou e achou. Eu saí da minha casa para tentar apaziguar e ele me disse que estava armado e não tinha medo de nada. Quando ele apontou arma para o irmão do Oscar, ele ficou de cabeça quente”, garante Luciane.
A socialista ainda alfineta Dilmar, dizendo que por ele ser deputado, não é justo que não seja punido por crimes e irregularidades. Entre os supostos delitos, cita compra de voto e andar armado sem porte. “Ele é pai de família, precisa pensar antes de fazer essas coisas”, pondera.
Além disso, Luciane diz que está entristecida com o democrata por fazer sensacionalismo em cima do caso. Segundo ela, Oscar teria sido contido antes de bater em cheio no deputado. Ela também duvida que o parlamentar tenha saído de licença por motivos de saúde, como justifica. “Por ter se afastado nessas condições, ele continua recebendo salário. Disse que está doente, mas estava andando de sol a sol, fazendo campanha durante 20 dias, além de estar na casa de cabos eleitorais durante a madrugada”, reclama.
Na véspera da eleição suplementar em Juara, Oscar e Dilmar - que apoiava o candidato Nei da Fármacia (DEM) - se envolveram numa briga por volta das 2h30. Em depoimento, o deputado alegou que o socialista tentou matá-lo. Oscar, por sua vez, sustenta que o democrata portava arma de fogo, fez ameaças contra seus familiares e estava comprando voto.





