Legislativo aprova as contas de Galindo por unanimidade


Glaucia Colognesi

Foto Luiz Alves
Foto Luiz Alves -- Toninho de Souza apontou falta de transparência
Toninho de Souza apontou falta de transparência
   Em uma sessão relâmpago que iniciou às 8h e encerrou por volta das 9h, a Câmara Municipal de Cuiabá aprovou por maioria de 15 votos, as contas do prefeito Chico Galindo (PTB) referentes ao exercício de 2011. Na votação que ocorreu na manhã desta terça (27), os vereadores Toninho de Souza (PSD) e Domingos Sávio (PMDB) se abstiveram. Os parlamentares Lúdio Cabral (PT) e Paulo Borges (PSDB) faltaram à sessão.
   Toninho explicou que não teve acesso a detalhes da prestação de contas e por isso preferiu não “votar às cegas”. “Só pude dar uma olhada por alto, mas não tive a possibilidade de acompanhar ponto a ponto, porque apesar das contas ter chegado há uma semana, ela não nos foi disponibilizada e só foi apresentada em plenário hoje em regime de urgência”, esclarece.

   Já os vereadores Francisco Vuolo e Chico 2000, ambos do PR, afirmaram que a grande parte dos legisladores decidiu acompanhar o parecer do Tribunal de Contas do Estado. “Como o parecer do TCE foi por unanimidade pela aprovação e não foi encontrada nenhuma irregularidade grave, nós aprovamos”, esclareu Chico.
   Toninho aproveitou a oportunidade para exigir mais transparência na Câmara. Segundo ele, é fato recorrente os integrantes do Legislativo não terem acesso ao conteúdo que entra em pauta com antecedência, o que impossibilita o debate em plenário. “Um exemplo disso é que no caso da privatização da gestão do pronto-socorro eu só descobri do que se tratava meia hora antes de ser votada”, salienta.
   Segundo Toninho, a única exceção é a Lei Orçamentária Anual (LOA), pois uma cópia é encaminhada a todos os gabinetes semanas antes da apreciação. O problema é que sem discussão das propostas em plenário a população não fica sabendo claramente o que está sendo votado.
Para Toninho, a solução é que a Câmara tivesse reunião do Colégio de Líderes como na Assembleia para a discussão da pauta. “Essa crítica que eu faço é no sentido de buscar melhorar os trabalhos. Podemos fazer uma reunião semanal ou buscar uma outra forma para dar mais transparência”, pondera. 
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