Glaucia Colognesi
Toninho explicou que não teve acesso a detalhes da prestação de contas e por isso preferiu não “votar às cegas”. “Só pude dar uma olhada por alto, mas não tive a possibilidade de acompanhar ponto a ponto, porque apesar das contas ter chegado há uma semana, ela não nos foi disponibilizada e só foi apresentada em plenário hoje em regime de urgência”, esclarece.
Já os vereadores Francisco Vuolo e Chico 2000, ambos do PR, afirmaram que a grande parte dos legisladores decidiu acompanhar o parecer do Tribunal de Contas do Estado. “Como o parecer do TCE foi por unanimidade pela aprovação e não foi encontrada nenhuma irregularidade grave, nós aprovamos”, esclareu Chico.
Toninho aproveitou a oportunidade para exigir mais transparência na Câmara. Segundo ele, é fato recorrente os integrantes do Legislativo não terem acesso ao conteúdo que entra em pauta com antecedência, o que impossibilita o debate em plenário. “Um exemplo disso é que no caso da privatização da gestão do pronto-socorro eu só descobri do que se tratava meia hora antes de ser votada”, salienta.
Segundo Toninho, a única exceção é a Lei Orçamentária Anual (LOA), pois uma cópia é encaminhada a todos os gabinetes semanas antes da apreciação. O problema é que sem discussão das propostas em plenário a população não fica sabendo claramente o que está sendo votado.
Para Toninho, a solução é que a Câmara tivesse reunião do Colégio de Líderes como na Assembleia para a discussão da pauta. “Essa crítica que eu faço é no sentido de buscar melhorar os trabalhos. Podemos fazer uma reunião semanal ou buscar uma outra forma para dar mais transparência”, pondera.