O maior ativista na luta contra a exploração sexual e pedofilia em Cuiabá defende a participação da juventude no secretariado do prefeito eleito Mauro Mendes (PSB)
De uma juventude atuante e politizada, surgem grandes soluções! |
O jovem diretor do Portal Todos Contra a Pedofilia MT, destacou qual é o verdadeiro papel da Secretaria da Juventude, ele resalta que a secretaria tem como função formular e gerir as políticas públicas dos cidadãos de 15 a 29 anos de idade. É papel da secretaria propor a criação de canais de participação popular, junto aos órgãos municipais, voltados para o atendimento das questões relativas aos jovens, com desenvolvimento de programas, projetos e ações que visem à promoção da garantia dos direitos sociais básicos para o segmento juvenil. Também é atribuição da secretaria garantir a participação política, social e cultural da juventude cuiabana.
Várias cidades do país possuem a Secretaria da Juventude, sendo ela responsável por executar bem como a inserção dos jovens no mercado de trabalho. “Esse tipo de secretaria é muito importe por executar trabalhos diretamente com a juventude”, enfatiza João Batista.
O representante dos jovens pontua a necessidade da criação de projetos para os jovens, como cursos continuados, qualificação profissional, oficinas de formação política e cidadã, pois “é ela quem garante nossa participação política e na sociedade”.
O jovem diretor do Portal Todos Contra a Pedofilia MT, João Batista de Oliveira, declarou que “este momento está sendo bastante compensador, pois a juventude esta se conscientizando ainda mais, eles querem melhores condições de educação, qualificação e trabalho. Eu acredito que a vitória de Mauro Mendes (PSB) a prefeitura de Cuiabá vai mudar a história da juventude desta cidade”, disse.
"A participação social da juventude tem que ser real, tem que ser subsídio concreto para que a gente consiga atualizar a política", afirma ativista.
Portal Todos Contra a Pedofilia MT: Quais destaques dos governos Lula e Dilma nas políticas públicas para a Juventude?
João Batista: Um ponto positivo do governo Lula foram as políticas para a juventude, que tiveram um foco muito forte na inclusão. Isso balizou o ProJovem como puxador da política nacional, a pensar políticas direcionadas aos mais vulneráveis e a realizar a primeira Conferência. Um conjunto de pesquisas apontava quais eram as demandas: a própria construção do conselho, de reformulações do Conjuv, mas sem dúvida a primeira conferência foi um marco no sentido da definição das grandes bandeiras e que permitiu ao governo reforçar o olhar para a juventude.
Já no governo da presidenta Dilma, tem ousado chamar de segundo ciclo da política, continua trabalhando nesse viés. É a primeira vez que conquistamos um programa de juventude no PPA [Plano Plurianual]. Antes, o ProJovem estava no Plano, mas não no conjunto de ações integradas. O desafio é, de fato, implantar do ponto de vista da necessidade dos jovens um projeto na qual permita conciliar trabalho, educação, vida familiar e tempo livre. Além da precarização do combate a informalidade, das diferenças salariais que ainda são fortes entre mulheres e jovens.
Portal Todos Contra a Pedofilia MT: O que você destacaria de ação concreta na Rio+20, que teve grande participação da Juventude?
João Batista: A criação do Fórum de Juventude da ONU é fundamental e não pode ser deixada para daqui dez anos. Nós temos cerca de dois milhões de jovens no mundo e a tendência geral dos países em desenvolvimento é inversão da pirâmide demográfica e o investimento bem concreto em educação, em trabalho e renda para a juventude.
Portal Todos Contra a Pedofilia MT: Há uma década o PT está à frente do governo federal. Qual o balanço você faz das políticas públicas de juventude nesse período?
João Batista: Primeiro, o estado passou a olhar a juventude. É um dos pontos positivos. Além disso, o olhar da institucionalização de uma Secretaria não é para burocratizar, é para criar condições para que o trabalho aconteça. Essa inversão do olhar do estado foi fundamental.
Segundo, acho que a criação de alguns programas que deram mais visibilidade à juventude é outro avanço. Eu cito, como exemplo, o ProJovem. Outro ponto positivo foi à questão da participação, que nasce como base da política e isso está permitindo avançar.
Nós sabemos que temos ainda muitos jovens fora da escola, especialmente, em idade de ensino médio e o desafio da nossa pauta hoje é a questão da revisão do ensino fundamental. Cerca de 48% dos alunos de ensino médio estão fora da escola. O nível de defasagem é muito grande. O Prouni deu ao estado a chance de ampliar o acesso ao ensino superior no país e ainda tem as cotas. Além da expansão da escola técnica, do Reuni nas universidades federais, e muitos outros.
Portal Todos Contra a Pedofilia MT: Os jovens estão preparados para ocupar cargos públicos?
João Batista: Acho que a juventude já deu exemplos concretos que tem condições de dirigir o país. Isso é participação política, protagonismo.
Tem aquela receitinha básica que continua valendo muito hoje em dia: estado forte, governo comprometido e povo organizado. Para conseguir avançar nas conquistas, a juventude tem que estar dirigindo os espaços.
Portal Todos Contra a Pedofilia MT: E o Pacto pela juventude?
João Batista: O Pacto é simbólico. Ele traz formulações que a própria Conferência já fez. Acho que uma grande iniciativa do CONJUV e da sociedade civil é fazer com que os candidatos parem e escutem a juventude. Isso faz com que eles possam apresentar as suas propostas e se comprometer com isso. Tudo isso que está aqui é exequível, então é uma ação muito importante. Mas, mesmo assim, nós precisamos discutir reforma política, pois toda discussão de participação da juventude tem limite. Existem setores da sociedade que dizem que a juventude não gosta de política, porque a política é suja. Contudo, tem muito jovem que ainda gosta. Eu acho que a reforma política pode ser uma boa forma de melhorar isso.
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