Delegada divulgará oficialmente nome de presos por fraude na 2ª


Glaucia Colognesi e Camila Cervantes

-- Liliane Murata
Liliane Murata
   A delegada da Polícia Civil, Liliane Murata, responsável pelas investigações acerca da Operação Impostor, ocorrida na tarde de sexta (9), anunciou que nesta segunda (12) divulgará oficialmente os nomes das 15 pessoas que foram presas na sede da Prefeitura de Cuiabá, por desvios na arrecadação do IPTU. Ela alerta que desconhece os nomes já divulgados na imprensa e garante que só falará em entrevista coletiva, prevista para ser realizada por volta das 14h30 desta segunda, na sede da Polícia Civil, localizada na avenida Coronel Escolástico.
   A Operação foi deflagrada 5 meses após o prefeito Chico Galindo (PTB) desconfiar da retirada de débitos do sistema do IPTU, por servidores em troca de propina. Ele solicitou investigação por parte do Ministério Público, quando percebeu que o banco de dados da prefeitura recebia baixa dos débitos fiscais, mas os valores não eram recolhidos junto aos cofres públicos.

   Uma auditoria concluída pela instituição, há 3 meses, apontou um rombo de R$1,3 milhão somente na arrecadação do imposto. Situação esta, que levantou a suspeita de possíveis desvios também em outros tributos como ISSQN, ABIT, pagamento de certidões, contratos, projetos e autorizações junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). Não há certeza do valor total deste desfalque e nem o período em que a fraude vinha ocorrendo, tendo em vista que as irregularidades só foram descobertas após a modernização do sistema de registro dos débitos.
   A informação é que 15 pessoas entre servidores municipais, empresários, autônomo e corretor, foram presas na tarde desta sexta e algumas foram levadas ao Presídio Carumbé, outras ao Pascoal Ramos e à Polinter. Ao todo, 24 estão sendo investigadas. A maioria dos funcionários presos é lotada na secretaria municipal de Fazenda, no entanto, a fraude também partiu de outros setores da prefeitura como Cadastro, Informática, IPTU e Procuradoria Fiscal. Eles respondem pelos crimes de inserção de dados falsos no sistema de informação, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
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