Governador afirmou que irá ajudar prefeito eleito Mauro Mendes e que não acredita em boicotes por parte do Governo Federal
ANA ADÉLIA JÁCOMO
Após ser um dos protagonistas da campanha a prefeito do petista Lúdio Cabral, o governador Silval Barbosa (PMDB), que antes pregava o alinhamento entre governos, mudou o tom e nesta terça-feira, 6, afirmou durante entrevista coletiva no Palácio Paiaguás que irá ajudar o prefeito eleito Mauro Mendes (PSB) a governar Cuiabá.
Ele frisou que a disputa eleitoral foi finalizada após o encerramento da votação e que seu papel como governador é auxiliar todos os municípios, independente de bandeiras partidárias.
“Tenho certeza que o prefeito dificilmente realiza sozinho todas as demandas de uma cidade, portanto jamais vou virar as costas para Cuiabá. Se depender de mim vou ajudar o Mauro a realizar as propostas que apresentou durante a campanha. A disputa acabou. Quem está como gestor, como eu, jamais pode virar as costas. Estou como governador, tenho que exercer o meu papel”, disse.
Antecipando qualquer tipo de estranhamento diante da declaração pós-pleito, o peemedebista afirmou que, de fato durante a campanha, sua coligação falou muito em alinhamento, inclusive receberam apoios de ministros e demais autoridades, mas que, assim como ele, a presidente da República Dilma Rousseff (PT) não irá furtar-se ao dever enviar recursos ao Estado.
“Falamos, sim, muito em alinhamento e acredito que pelo comprometimento dos ministros que vieram se criou um vinculo de compromisso muito grande, mas tenho certeza que tanto eu, quanto a presidente Dilma, não haverá veto ou boicote por conta de uma derrota. Isso faz parte do processo democrático”, garantiu ele.
Analisando o desempenho de Lúdio, Silval afirmou que Mendes era um grande oponente, uma vez que já participou de outras duas eleições. Para ele, o que mais ajudou o socialista foi o recall dos outros pleitos.
“Esse processo foi interessante. O Mauro já vinha de duas eleições, ele já foi votado cinco vezes, tinha um recall muito grande. O Lúdio perdeu, mas isso é normal em um processo e ele teve um grande desempenho. Conseguiu 45 % dos votos válidos”.