Após encontrar "mortos" na folha, Estado fará recadastramento dos servidores


Da Redação
A atuação conjunta da Secretaria de Administração (SAD) e da Auditoria Geral do Estado (AGE) que detectou irregularidades em 236 pagamentos de salários que somam cerca R$ 630 mil/mês já suspensos no pagamento do salário de outubro, para servidores em sua grande maioria inativos e pensionistas e alguns ativos além de assegurar a determinação e deslocamento de 8 auditores para constantemente investigar a folha de pagamento de R$ 270 milhões/mês do Governo do Estado, levará a um recadastramento geral que deverá ser feito a partir de janeiro de 2013. “Fizemos um pente fino desde 2005 até 2012 e vamos continuar, mas haverá um recadastramento geral tanto para os 66 mil ativos como para os 34 mil inativos e pensionistas”, disse o secretário de Administração, César Zillio frisando que será utilizada toda a estrutura da Secretaria de Administração com o suporte e a fiscalização da Auditoria Geral do Estado -AGE. Zillio lembrou que a parceria com a AGE dá segurança jurídica de que todos os cuidados estão sendo adotados para evitar transtornos e para que as decisões sejam dentro da lei e da ordem.

O secretário auditor-geral, José Alves pontuou que o recadastramento vai ampliar o serviço de fiscalização que os 08 auditores realizam mensalmente e que será ampliada a base de fiscalização para toda a movimentação da vida funcional de ativos e inativo. “Gratificações, horas extras, vantagens, enfim tudo que disser respeito a vida funcional será analisado para ver se esta em ordem”, disse o secretário auditor.
Ambos reconheceram que os prejuízos estimados estão na casa dos R$ 9 milhões referente aos sete anos analisados, pois nem todos os 236 salários suspensos se tratam de aposentadorias do ano de 2005. “São aposentadorias de vários anos, algumas com mais tempo, outras com menos, mas tudo ainda está sendo analisado de forma detida para que seja apresentado um quadro da situação, com a certeza de que constatada irregularidade os pagamentos permanecerão suspensos indefinidamente”, disse o secretário de Administração.
O recadastramento de ativos e inativos deverá durar cerca de três meses em 2013 e só não foi antecipado para evitar que recebimentos em situação de irregularidade acabassem maquiados. “Preferimos investigar e analisar os dados disponíveis, suspender os pagamentos para depois definir como acontecerá o recadastramento que é imperioso e vai acontecer de qualquer maneira”, disse José Alves da Auditoria Geral do Estado por onde estão passando todos os atos referentes aos servidores públicos antes de serem remetidos ao TCE/MT para registro.