Patrícia Sanches e Gabriela Galvão
A maior parte das pessoas envolvidas no esquema de desvio de recursos da Sefaz eram laranjas e não receberam praticamente nada em troca. As afirmações foram feitas pelo delegada fazendária Cleibe Aparecida de Paula, que conduziu as investigações. Segundo ela, 7 funcionários se beneficiaram do rombo, usando os demais como “bodes expiatórios”.
Ela reforça, por exemplo, que o jardineiro Paulino Silva Cunha, preso nesta quinta (3), deixou que o seu nome fosse utilizado de maneira indevida ao receber calças jeans e botijões de gás como prêmio. Ele movimentou R$ 1,2 milhão de 2007 a 2011.
Os outros "laranjas" foram iludidos ainda com a possibilidade de receber casas do programa Minha Casa Minha Vida. A chefe do esquema era Magda Mara Curvo, ex-coordenadora de controle da conta única e agente da instrumental. Ela está foragida. Cabia a ela autorizar o pagamento ilegal aos funcionários.
A ex-coordenadora teve a ajuda de Avaneth Almeida das Neves, ex-secretária-adjunta do Tesouro Estadual, além de Antonio Ricardino Martins, Edson Rodrigo, Paulo Alexandre e Glaucyo Fabian Oliveira Nascimento Ota. Paulo, inclusive, chegou a ocupar o mesmo cargo que Magda, quando ela foi afastada. O problema é que o esquema continuou e cabia ao irmão dele Marcelo Benedito de Franca cooptar os laranjas, assim como Edson e o irmão de Magda, Silvan Curvo.
Assim, todos os beneficiários de fachada eram sempre ligados a Edson e Magda. "Sempre empregados, parentes, pai, irmão", detalha o delegado fazendário Rogério Modelli, que também investigou o caso. Já Joanice Batista era o elo entre os servidores e a Unemat. Ela fornecia as listas falsas de supostos prestadores de serviço.
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