Prosseguiu na manhã de quinta-feira (17), a investigação sobre casos de pedofilia que estariam sendo praticados no Distrito de Icoaraci. Um bando supostamente composto por rapazes locais, de classe média, teria feito um pacto de competição, no sentido de seduzirem o maior número de garotas dentre 13 e 14 anos, abusando sexualmente delas. As vítimas seriam, segundo a Polícia Civil, uma espécie de troféu para eles.
Vários casos já teriam ocorrido, porém apenas dois desses delitos capitulados como estupro de vulnerável, são oficialmente de conhecimento da Seccional do Distrito de Icoaraci. Um ocorrido no ano passado, e outro, anteontem, com a prisão de um suspeito de ser pedófilo, que foi autuado em flagrante delito.
Trata-se de Patrick da Silva Simões, 26 anos, conhecido como “Japona”. No ano passado, ele teria abusado sexualmente de uma adolescente, cuja família procurou o Ministério Público e assim, ele já estava com prisão preventiva decretada pela Justiça, tendo sua vítima, entretanto, mudado para o Rio de Janeiro.
Sua prisão, anteontem a tarde, ocorreu depois de ser acusado de abusar sexualmente de outra menina de 13 anos. Ele teria passado o dia todo com a vítima em sua casa, na 4ª rua da Campina, mantendo relações sexuais com ela e depois a teria colocado em um mototáxi, mandando-a embora.
Constrangida, a garota contou para sua mãe o que teria ocorrido e o caso foi levado a conhecimento da delegada Elizete Cardoso, que, comandando uma equipe de investigadores, promoveu a detenção do jovem, em sua casa, onde dormia.
Segundo a delegada, “Patrick e outros rapazes procuravam a frente de escolas e seduziam as vítimas, convidando-as para irem à sua casa, ou as levavam de moto”. Diz Elizete que nunca iam para motel, pois sendo as vítimas, menores, poderiam ser descobertos.
Na manhã de ontem, a reportagem do DIÁRIO DO PARÁ, esteve na casa de Patrick. Lá, devido a repercussão de sua prisão, grande número de curiosos estava na rua. A família do rapaz o defendeu. Uma tia, a avó e uma prima contaram que as garotas é que iam na casa dele. Sobre o caso do ano passado, contaram que a jovem era sua namorada. Contaram também que a garota de anteontem era namorada dele.
Já a delegada Elizete conta que a defesa da família é para tentar minimizar a gravidade do crime considerado hediondo cometido pelo rapaz, pois sua presença na porta de escolas era contumaz.
A delegada disse que a investigação para chegar a outros envolvidos vai continuar. Disse ainda que vai chamar a direção das escolas já identificadas como ponto de ação do bando, para pedir ajuda, no sentido de identificar e depois prender os criminosos.
Cardoso disse que o crime de pedofilia está crescendo em Icoaraci, principalmente a partir da porta de escolas e na orla da vila, onde a presença policial ainda é discreta, para inibir esses casos.
Sobre Patrick, Elizete disse que, além dos crimes de estupro que ele vinha praticando, e o mandado de prisão expedido contra si no ano passado, ele vinha sendo investigado também por envolvimento com a contravenção penal e suspeita de participação em tráfico de drogas.
Retirado do xadrez, na manhã de ontem, e já na sala da delegada, Patrick voltou a negar que tenha cometido pedofilia, alegando que a garota de 13 anos era apenas sua namorada. Disse ainda que já constituiu advogado e que vai provar que as acusações contra si são levianas e mentirosas.
Preocupado em não mostrar o rosto, ele disse que só falaria sobre o caso, em juízo. No final da manhã, ele foi encaminhado à triagem da Susipe, devendo ser transferido para uma casa penal.
(Diário do Pará)






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