Exploração Sexual MT:Cuiabá:Grupo de jovens faz movimento contra o abuso sexual infantil

Volta Redonda

Com o objetivo de conscientizar as pessoas e alertá-las sobre o abuso sexual infantil, foi realizado no sábado (19), nos sinais de trânsito próximos à prefeitura, no Aterrado, um movimento para chamar a atenção das pessoas para o tema.

De acordo com a organizadora do movimento, Rebeca Monteiro, de 21 anos, o ideal seria fazer a manifestação em 18 de maio - Dia Nacional do Combate ao Abuso Sexual Infantil -, mas não foi possível.

- O objetivo foi conscientizar as pessoas de que isso, infelizmente, acontece onde a gente menos espera. Segundo pesquisas internacionais, em 85% a 90% dos casos, o abusador é do ciclo de confiança da criança, e na maioria das vezes não sabemos o que fazer, como agir, denunciar ou impedir - disse Rebeca, acrescentando que a ideia veio depois de ter participado de um movimento chamado "Boca no Trombone", da Escola de Missões Avalanche, em Vitória (ES), que é um movimento contra o abuso sexual.

O alerta pelas ruas de Volta Redonda não teve um nome oficial e dez pessoas participaram, sem contar os amigos do grupo que passavam pelo local e pararam para ajudar.

- Convidei as pessoas pelo Facebook, pela praticidade. Na página da rede social 50 pessoas confirmaram a presença no movimento, mas apenas dez participaram - explicou.

Rebeca contou que durante a abordagem algumas pessoas caracterizadas de criança, como palhaços, faziam a panfletagem e o alerta aos motoristas e pedestres.

- Outros preferiram ajudar sem o uso da maquiagem e fantasias. Parte da estratégia foi sorrir. É importante que as pessoas percebam que é diferente a forma como a gente lida com a situação, querendo ajudar e informar, até para que percebam que não estamos querendo vender nada, mas fazendo de boa vontade - comentou Rebeca, ressaltando que foram utilizados flyers e cartazes.

E o trabalho não para por aí. A jovem afirmou que a campanha deve continuar e a intenção é a de que outras manifestações sejam realizadas.

- O convite à denúncia ao Disque 100 é importantíssimo, mas é só a ponta do iceberg, quase a última atitude a ser tomada. Antes disso, é necessário educar as crianças de que o corpo delas não deve ser invadido, alertar pais e mães sobre comportamentos estranhos dos filhos, e creio que, especialmente, entender que criança é criança e não deve ser exposta nem mesmo a brincadeiras, comentários, programas de TV e até músicas que lhes tire a inocência da idade - afirmou.

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