Redação
O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), solicitou nesta quinta-feira que o Tribunal de Contas do Estado promova uma auditoria nos dois contratos detém com a Delta Construções e que somam quase R$ 70 milhões. A empresa que é alvo de denúncias em nível nacional comanda a coleta de lixo em Cuiabá e ainda executa R$ 54 milhões em obras do programa "Poeira Zero".
O governo do Estado formalizou pedido idêntico na semana passada, mas os contratos do Estado se referem apenas a locação de veículos e uma obra já licitada mas ainda não contratada. A Delta Construções está no epicentro da maior crise política do Governo Dilma Rousseff, iniciado em 2011, por causa de suas ligações com o contraventor Carlos Augusto, mais conhecido como Carlinho Cachoeira que tem ramificações diretas com políticos, partidos, empreiteiras e profissionais liberais. Uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito - CPMI foi instalada no Congresso Nacional e promete trazer muita dor de cabeça além de paralisar o poder público em ano eleitoral.
O receio do prefeito Chico Galindo (PTB) é que com as investigações da CPMI e da Controladoria Geral da União - CGU, que faz um pente fino em todos os contratos da Delta Construções (que há 8 anos é a empresa que mais recursos públicos do Governo Federal recebeu em relação a obras do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento), a mesma pode se tornar inidônea para contratar com o poder público, o que poderia levar os contratos a serem cancelados.
No pedido do governo do Estado, o presidente do TCE/MT, informou que a entidade já vinha analisando os contratos da Delta preocupado com as respercussões em outros Estados que estavam levando a empresa a desistir de obras públicas, o que poderia causar prejuízos ao erário público. O mesmo deverá ser formalizado agora com a Prefeitura de Cuiabá, já que atendendo ao pedido do governador Silval Barbosa, o Tribunal de Contas já havia determinado a todas as seis relatorias do TCE que façam um levantamento completo da atuação da Delta com qualquer ente público em Mato Grosso.
"Todos os levantamentos serão feitos e se houver problemas serão corrigidos com um único intuito, evitar que o prejuízo seja do erário público e da população", se limitou a dizer o presidente do TCE, conselheiro José Carlos Novelli.
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