PEDOFILIA MT:ABUSO:EXPLORAÇÃO:TRÁFICO DE PESSOAS:Conselho Tutelar pede interdição de abrigo em Maringá

Após a informação de que o Conselho Tutelar de Maringá iria solicitar junto à Vara da Infância e Juventude a interdição do Abrigo Municipal Provisório, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Sasc) confirmou a medida no final da tarde desta segunda-feira (3). Em reunião da qual participaram o Ministério Público, a Sasc e o conselho tutelar, foi definido que o abrigo provisório seria interditado.

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Segundo o conselheiro Vandré Fernando, o pedido é motivado peladepredação feita por um grupo de adolescentes no último domingo (2) e que esse tipo de problema é frequente.

"Qual foi a causa disso? A ineficiência da rede de atendimento à criança e ao adolescente de Maringá. Se isso está acontecendo com uma frequência, é porque tem alguma coisa errada", disse Fernando. "Falta funcionário, falta capacitação continuada, falta motivação para os funcionários, são vários os problemas."

O secretário de Assistência Social de Maringá, Ulisses Maia, confirmou no final desta tarde que o abrigo provisório foi interditado. "Foi uma decisão conjunta da Sasc, promotoria da Infância e Juventude e Conselho Tutelar", informou Maia. "O imóvel é inadequado e há 90 dias estávamos procurando outro local para transferir os adolescentes", revelou.

Maia disse que há dificuldade para conseguir locar um imóvel porque os proprietários dificilmente aceitam esse tipo de uso. "Vamos intensificar a procura nesta semana. Se for preciso abrigar alguém nesse período, vamos encaminhar para abrigos que recebem recursos municípais", explicou o secretário.

Ainda segundo o secretário, os cinco menores que estavam no local foram transferidos para as suas cidades de origem - entre os abrigados estavam quatro de Sarandi e um de Engenheiro Beltrão.

Também ficou acertado durante a reunião que definiu a interdição que será proibida a entrada no abrigo de menores que estejam sob o efeito de drogas ou álcool. "O abrigo é um local para abrigar crianças e adolescentes que estejam em situação de risco, como vítimas de maus tratos e abuso sexual, não é um local de tratamento para usuários de drogas, esses precisam ser encaminhados para comunidades terapêuticas", esclareceu Maia.