O MAIOR PORTAL DE COMBATE A PEDOFILIA MT:Crianças portuguesas entre os 5% mais protegidos do mundo


"O desafio e a dificuldade é as crianças que são vítimas de maus tratos não conseguirem ainda encontrar instituições que, de forma sistemática, promovam informação que seja acessível e fácil de interpretar pelas crianças", disse a portuguesa, que é a representante de Ban Ki-moon para a violência contra crianças, à Agência Lusa.
Para Marta Santos Pais, as estatísticas sobre violência contra crianças em Portugal são uma "indicação limitada da magnitude do fenómeno no País".
Fazem particularmente falta instituições viradas para as crianças, adianta, que lhes deem informação e aconselhamento sobre o que fazer no caso de serem vítimas de qualquer forma de violência.
"Pode ser quando são insultadas, manipuladas, ameaçadas no quadro da escola ou vítimas de maus-tratos físicos ou testemunhas de situações de violência, incluindo no seio da família", defende a representante da ONU.
O trabalho deve ir além da Provedoria de Justiça, afirma, até municípios e igrejas com trabalho na área da proteção infantil que se aliem na difusão de informação.
Nomeada representante especial de Ban Ki-moon em maio de 2009, Marta Santos Pais esteve ligada à UNICEF desde 1997, primeiro como diretora de Avaliação, Políticas e Planeamento e mais tarde como diretora do Centro de Investigação Innocenti.
Autora de diversas publicações sobre Direitos Humanos e da Criança, foi também membro da Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança (1989) e participou na elaboração dos protocolos internacionais sobre o tema.
Marta Santos Pais defende ainda um maior "esforço de descentralização" no País, para que exista a nível local "mais pessoal treinado para interagir com crianças vítimas de violência".
"As crianças muitas vezes tentam contar as suas histórias através do silêncio, de meios e sinais que temos de saber interpretar. Temos de estar preparados para identificar os primeiros sinais para que a violência não venha a concretizar-se ou para acompanhar a criança no trauma, para que se sintam apoiadas para e recuperem o mundo sem medo".
O fenómeno, sublinha, tem um impacto negativo sobre o "capital humano" português, e até custos económicos ligados ao apoio psicológico e médico a pessoas que podem na idade adulta sofrer limitações na "capacidade de interagir com outros".
A nível legal, sublinha, Portugal é hoje um dos poucos mais de 30 países que têm legislação que proíbe todas as formas de violência contra criança, algo de que "só cinco por cento das crianças do mundo" desfrutam.
Isto resulta de uma "atenção crescente nos últimos anos" aos direitos das crianças, que passou pela criação da Comissão de Proteção de Crianças.
Casos como o da Casa Pia contribuíram para chamar a atenção para a violência sexual um "alerta para sociedade" que estimulou o debate.
"Todos os países têm de investir neste campo. Portugal está em condições de ter um papel de liderança", adiantou em entrevista à Agência Lusa.
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