Delegado Jorge Esper, da Delegacia de Delitos Praticados por Meios Eletrônicos |
Algumas condutas que envolvam menores de 12 anos como assédio, exposição fotográfica, estupro e outras de cunho sexual, são denominadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente como pedofilia.
Na Polícia Civil há uma delegacia que investiga esses tipos de crime pela internet, que é a 4a Delegacia de Delitos Praticados por Meios Eletrônicos, localizada no Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado).
“Nossa delegacia verificou que dentre as ocorrências mais graves da internet está a pedofilia em primeiro lugar”, explica o delegado Jorge Esper Ares Netto, da delegacia especializada em Crimes por Meios Eletrônicos.
O delegado demonstra a preocupação que a Polícia Civil tem em deter esse tipo de crime, que muitas vezes é difícil de se elucidar devido sites que estão inseridos em provedores fora do país ou até mesmo a necessidade de se esperar uma autorização para quebrar alguns sigilos necessários.
O perfil de quem procura pedofilia na internet
A internet tornou-se uma ferramenta essencial na vida das pessoas, mas assim como ela pode ajudar, também pode trazer muito lixo virtual e atrapalhar a vida de quem não saiba usa-la.
Em geral, os pedófilos costumam acessar a internet para ver fotos e vídeos de crianças em situações que envolvam o sexo. Porém, alguns não se contentam apenas em ver, querem passar adiante esse material, e outros querem mesmo um contato físico com a criança.
“Geralmente autores desses crimes na internet não têm antecedentes. Na frente do computador eles acham que nunca serão descobertos, usam de artimanhas existentes nessa ferramenta e se aproveitam de seu lado sujo”, afirma Jorge Esper. Conforme verificou o delegado, muitos dos pedófilos que apenas querem ficar olhando fotos ou assediando crianças pela rede mundial de computadores são de uma faixa etária acima de 45 anos.
“São nos sites de relacionamentos sociais que aparecem os maiores problemas”. A criança tende a adicionar uma pessoa mal intencionada, que passa a iludi-la com algumas conversas e acaba marcando um encontro. O menor, acreditando ser este um amigo de verdade, vai ao encontro, e é então que o criminoso se aproveita da situação. Muitos dos presos nas delegacias geralmente se fizeram passar por crianças para convence-las de irem ao seu encontro.
O que acontece com quem é pego praticando pedofilia
O caso mais grave na pedofilia é o estupro de vulnerável, ou seja, o adulto praticar sexo ou atos libidinosos com a criança. Neste caso, ele pode pegar de 4 a 10 anos de reclusão, podendo agravar a pena se além do estupro for acrescida outra prática, como lesão corporal, tortura, incapacidade mental da criança, e até a morte.
Para aqueles que costumam visitar sites pornográficos com imagens infantis, um alerta: ele também poderá estar na mira da polícia. “Só de ter isso armazenado em seu computador, estará cometendo um crime”, explica o delegado. Se o indivíduo for surpreendido pela polícia e constatar em seu computador que ele visita esses sites, ele será autuado e preso.
A Delegacia de Delitos Praticados por Meios Eletrônicos está se aperfeiçoando cada vez mais nesses delitos. “Temos um método operacional que mostrou bom resultado, mesclando técnicas de polícia judiciária convencional com o crime eletrônico, e investigadores extremamente competentes na pesquisa de crimes em internet”.
Como denunciar a pedofilia praticada na internet
A partir do momento em que os pais percebem que seus filhos estão sendo assediados por adultos mal intencionados, eles já devem procurar a polícia e fazer a denúncia. Não há necessidade de ir direto na delegacia especializada do Deic, a denúncia pode ser efetuada em qualquer delegacia de seu bairro.
É necessário que os pais verifiquem o acesso de seus filhos à internet, que procurem se inteirar de quais são as novas amizades adicionadas pela criança em sites de relacionamento, qual é o rol de coleguinhas que ele tem e que tipos de sites costumam acionar. Alguns sites parecem ser infantis e inofensivos, mas a um clique algo impróprio pode chamar a atenção da criança, que passa a entrar diariamente na página por curiosidade.
“Uma coisa importante é não fornecer detalhes de sua vida nesses sites de relacionamento”, alerta o delegado. Muitos acham legal dizer o que estão fazendo, para onde estão indo, o que seus pais possuem, e isso estabelece o perfil daquele usuário. “Às vezes, um ato de voyeurismo se torna um plano para uma extorsão”, adverte.
Para Jorge Esper, é essencial que a família procure a polícia quando ocorrer ou mesmo desconfiar de casos de pedofilia envolvendo seus próximos, pois só assim a Polícia Civil poderá efetuar uma investigação e usar das ferramentas necessárias para se chegar ao criminoso.
Para denunciar crimes de pedofilia e qualquer outra espécie de delito virtual anonimamente, utilize o e-mail4dp.dig.deic@policiacivil.sp.gov.br.
0 Comments:
Postar um comentário
Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com