Vereador traidor, tipo que a opinião pública rejeita


Pegou mal o fato do vereador Chico 2000 (PR) ter articulado os interesses da oposição e ajudado a derrubar os vetos do prefeito Mauro Mendes ao projeto de lei do presidente da Câmara, João Emanuel (PSD), que altera o zoneamento urbano de Cuiabá.
Detalhe: Chico 2000 é vice-líder de Mauro na Câmara. Analistas políticos são unânimes em afirmar que o ato foi uma baita “trairagem” e que teria sido mais honroso para Chico 2000 renunciar à vice-liderança antes de jogar contra os interesses de quem representa.
A situação, apontam os analistas, ficou insustentável: se Mauro Mendes mantiver Chico 2000 na vice-liderança estará dando uma demonstração de fraqueza. Se destituí-lo, pode abrir uma crise com o PR do senador Blairo Maggi.
Se bem que o vereador é ligado ao deputado João Malheiros, que foi candidato a vice de Mauro Mendes, mas renunciou antes da diplomação, traindo a população cuiabana. A saída mais honrosa para o vereador, para não se tornar o maior “traíra” da Câmara, seria renunciar ao cargo e poupar o vexame de ser demitido.
A propósito, trairagem na bancada de Mauro Mendes já está virando uma rotina. Lembre-se do caso do vice-presidente da Câmara, Onofre Júnior, que embora seja do mesmo partido do prefeito tem sido um opositor obsessivo ao correligionário. Cria problema ao prefeito, sem dúvida, mas se queima na opinião pública, com certeza. A sociedade rejeita o tipo traidor.
(Com Diário de Cuiabá)