Jovens pedem que população denuncie tráfico humano


Dispor-se a receber denúncias e estimular a população a ir às autoridades para delatar crimes como tráfico humano e exploração sexual infantil: com esse objetivo, missionários e voluntários do Ministério Alcance Amazônico, da Organização Jovens com Uma Missão (Jocum), foram às ruas na manhã do último sábado (13) para um ato pacífico e silencioso. Com faixas e cartazes para chamar atenção de pedestres e motoristas, o manifesto ocorreu próximo ao Terminal Rodoviário de Belém, em São Brás. É o terceiro ato realizado pelo Jocum com este propósito em 2013. 
O americano Joseph Novelo, coordenador nacional do grupo, diz que as ações sociais da organização são fundamentais em uma região sujeita a vulnerabilidades como a Amazônia. “A desigualdade e a pobreza na Amazônia acabam contribuindo para que as pessoas sejam vítimas de crimes como tráfico humano, exploração sexual e venda de órgãos. Por isso nós realizamos muito trabalho de informação com os ribeirinhos e a população do interior”, comenta. Segundo números da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 2,5 milhões de pessoas são vítimas do tráfico humano todos os anos. 
Edilma Novelo, uma das coordenadoras do Jocum, conta que as ações internacionais do grupo possibilitaram o fechamento de um bordel na Espanha, há seis meses. Na ocasião, 40 pessoas que estavam traficadas e vinham sendo mantidas em cárcere privado foram libertadas. “Na nossa última ação, no Ver-o-Peso, recebemos três denúncias de bares e estabelecimentos que realizam exploração sexual infantil. É isso que nós queremos: fortalecer a rede de informação. Mais do que um ato cristão, é um dever de todos os cidadãos denunciar e combater este tipo de crime”, completa. 
DENÚNCIAS
Para denunciar qualquer tipo de crime que contrarie os Direitos Humanos, basta ligar para o número 100. Não é preciso se identificar.
(Diário do Pará)