Gaeco de Londrina conclui quarto inquérito contra Marcos Colli


O delegado Alan Flore, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina, concluiu na quarta-feira (17) o quarto inquérito que investiga as denúncias de abuso sexual e produção de vídeos com conteúdos pornográficos infantis contra o ex-assessor parlamental, presidente afastado do Partido Verde (PV) e advogado, Marcos Colli. O documento foi encaminhado para a Justiça e o Ministério Público aguarda que seja feito oferecimento da denúncia.
De acordo com Alan Flore, este inquérito traz novas denúncias de crime sexual, como ocorreu nos outros inquéritos já formalizados. "Este inquérito traz novas denúncias, mas com vítimas distintas. Optamos por desmembrar a investigação em vários procedimentos para que não houvesse um número elevado de vítimas em um único inquérito, vindo poder prejudicar os trabalhos, seja na fase de investigação como na fase processual", salientou em entrevista à Rádio CBN Londrina.
Um quinto inquérito policial está sendo iniciado, também com acusações do mesmo crime, contra Marcos Colli. Por este motivo, foi decretada mais um pedido de prisão para que os trabalhos sejam concluídos em 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30. "Foi pedido novamente a prisão do acusado por conta dessa outra situação jurídica. E isso torna mais grave e mais sólida a decisão da Justiça de tornar o réu privado de liberdade até quando ela entender que não há mais necessidade", afirmou.
Nesta semana Marcos Colli foi levado ao Gaeco para ser ouvido nos inquéritos que investigam a denúncia de crime sexual contra menores. No entanto, pela terceira vez, ele se calou, afirmando que só se pronunciaria em juízo. Já o advogado de defesa, Mateus Vergara, disse que vai entrar na Justiça com um pedido de tratamento médico para o seu cliente, que está detido desde 20 de maio.
A alegação da defesa é que Colli estaria com deficiência psiquiátrica. "Na verdade não tem como negar que ele não tenha problemas de ordem mental. É uma pessoa que tem um vício que precisa ser tratado", afirmou na segunda-feira (15) à reportagem de odiario.com.
O Gaeco está investigando, ainda, uma possível relação de Colli com o desaparecimento de uma adolescente de 16 anos. Familiares da vítima teriam contado do envolvimento de Colli com a jovem desde que ela tinha cerca de 10 anos e que trocavam mensagens no computador.
Marcos Colli está detido em uma sala do 5º Batalhão da Polícia Militar de Londrina. A prisão especial se deve ao fato dele ter a prerrogativa jurídica por ser advogado.