EXAME POLÊMICO MCCE pede suspensão do concurso da AL


Entidade questiona instituto que irá aplicar provas e leis de Mato Grosso do Sul

MidiaNews
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O promotor Mauro Zaque, que vai analisar os pedidos de anulação do concurso da Assembleia Legislativa
ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) protocolará nesta segunda-feira (22), a partir das 14h, pedido de suspensão do edital lançado pela Assembleia Legislativa na última terça-feira (16) para preenchimento de 430 vagas.

Outros pontos inclusos no documento que será entregue ao MPE solicita ainda que seja instaurada investigação sobre o processo de contratação da empresa IDP Cursos e Projetos, que aplicará as provas, e a imediata substituição da banca do concurso.

O MCCE também quer esclarecimentos sobre a relação desta banca com os cursinhos preparatórios de Cuiabá, o aumento do prazo para a inscrição, inclusive com a possibilidade de ser presencial, e principalmente a dilação de prazo para a isenção de taxa.

Segundo a entidade, há quase 20 anos sem realizar um certame, o Legislativo estadual agora "o faz de forma indiscriminada e sem seguir as leis estipuladas no país".

“Escolheram uma empresa desconhecida para preparar e aplicar as provas, em um prazo relâmpago de quatro dias para a inscrição. A Assembleia está tentando fazer uma simulação de concurso, ignorando as leis e a inteligência popular”, diz nota da entidade.

“O que poderia ser correto pode ser transformar em um ‘trem da alegria’ para acomodar assessores e cabos eleitorais políticos”, disse o coordenador do MCCE, Antônio Cavalcante Filho, o Ceará.

O ato do Movimento não é o primeiro relacionado ao concurso. Na semana passada radialistas e estudantes de Rádio e TV da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) também denunciaram o fato da Assembleia não levar em conta a graduação dos profissionais, colocando a função em nível médio.

O grupo encaminhou carta aberta ao promotor e coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, Mauro Zaque, para que o Ministério Público tome providências cabíveis.

No caso dos radialistas e estudantes, o pedido é que ou o edital seja impugnado ou ao menos seja retificado.

Ao MidiaNews, Ceará afirmou que este é apenas um ponto dentre tantos outros que merecem revisão do certame.

“Como está, o edital inteiro é um ato de improbidade. Até leis de Mato Grosso do Sul constam. Nossa preocupação é que da forma que está ele permaneça e não queremos isso”, disse.

Ainda segundo o coordenador, a entidade já solicitou que se faça um concurso público urgentemente, mas não da forma que está sendo colocado.

Um levantamento do MCCE em 2012, por exemplo, indicou que a folha de pagamento da Assembleia Legislativa é de 1.760, número alto e que custaria milhões aos cofres públicos anualmente.

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